Recentemente, tem havido um aumento surpreendente no surgimento de praias artificiais em locais distantes do litoral brasileiro. Empreendimentos imobiliários, como o Praia da Grama, estão sendo inaugurados ou prestes a abrir em áreas sem acesso ao mar.
O Praia da Grama, localizado no condomínio Fazenda da Grama, em Itupeva, a 70 quilômetros de São Paulo, oferece uma experiência costeira completa, com ondas de quase 2 metros de altura, uma orla extensa de 1 quilômetro e areias que não esquentam sob o sol.
Este empreendimento, realizado pela KSM Realty, representa um investimento de 200 milhões de reais para 400 lotes residenciais, com o preço do metro quadrado aumentando nos últimos dois anos, saltando de 300 reais para 2.200 reais.
Novos empreendimentos imobiliários estão surgindo na região metropolitana de Sorocaba, trazendo um toque de luxo e inspiração marítima para a vida urbana. O Boa Vista Village, da JHSF, em Porto Feliz, oferece um ambiente elegante com um conceito de condomínio à beira-mar. Além disso, estão em andamento projetos como o São Paulo Surf Club, da JHSF, que promete uma experiência de praia completa com apartamentos, hotelaria, bares, restaurantes e spas.
Outra iniciativa, o Beyond The Club, da KSM, vai abrigar até noventa surfistas em uma atmosfera que remete ao Taiti. Esses empreendimentos refletem uma tendência crescente de praias artificiais em áreas urbanas, representando uma mudança de estilo de vida saudável. O investimento total nessas iniciativas deve ultrapassar 1 bilhão de reais, segundo Oscar Segall, executivo da KSM.
Novo empreendimento, a Surfland Brasil, em Garopaba, Santa Catarina, surge como uma novidade contrastante com a natureza exuberante da região. A piscina de ondas, inaugurada recentemente, é fruto da parceria entre o lendário surfista Kelly Slater e um engenheiro da Califórnia, oferecendo uma experiência única de surf em água doce e sem sal. Com capacidade para produzir 900 ondulações por hora, a tecnologia avançada atrai construtoras e surfistas em busca de novas sensações.
O projeto, inspirado na criatividade e paixão pelo surf, já ganhou popularidade nos EUA e Europa, e agora chega ao Brasil, despertando curiosidade e debate sobre a relação entre a artificialidade e a natureza.
O surgimento das praias artificiais, principalmente frequentadas pelos mais abastados, se alinha perfeitamente com o crescimento das quadras urbanas para esportes de areia, como futevôlei e beach tennis.
A Confederação Brasileira de Tênis estima que o número de praticantes dessas modalidades aumentou nos últimos anos, quase triplicando de 2021 a 2023, atingindo 1,1 milhão de pessoas. Essa tendência, impulsionada pela pandemia, proporcionou um escape da reclusão, criando espaços que promovem uma sensação de comunidade e resgatam memórias afetivas, segundo Anderson Rubinatto, diretor-executivo da Goolaço, empresa de serviços esportivos.
Em meio às incertezas sobre a duração da atual tendência, é notável a presença de espaços de lazer que anteriormente estavam ligados a viagens e férias, agora encontrados nas metrópoles. Este fenômeno destaca a natureza paradoxal da civilização contemporânea, onde a praia e o mar podem ser desfrutados ao lado de condomínios urbanos. No entanto, é crucial não perder de vista as origens naturais desses locais de lazer, como as belas praias que adornam o Brasil.
Assim, a versão urbana desses espaços não deve obscurecer a importância e a beleza das praias naturais. O pensamento de Millôr Fernandes ressalta a ideia de que a experiência do pôr do sol é universal e acessível a todos, independentemente do ambiente em que se encontrem.
As bolsas europeias e os futuros americanos estão em baixa na manhã desta segunda-feira, 11 de março. A Petrobras enfrentou uma queda significativa de 10% em suas ações na última sexta-feira, resultando em uma perda de valor de mercado de 55 bilhões de reais. Isso ocorreu devido à empresa não pagar os dividendos esperados pelo mercado, levando ao corte de recomendações por parte de pelo menos quatro bancos. A incerteza persiste, com o futuro sendo descrito como nebuloso e volátil.
Além disso, os preços dos combustíveis estão defasados em cerca de 10% em relação à paridade internacional, acrescentando mais pressão. Jean Paul Prates e Lula devem se encontrar hoje. Na agenda desta semana, destaca-se o IPCA de fevereiro, que promete aquecer o debate sobre inflação e políticas de juros no Brasil. Nos EUA, a inflação também pode influenciar o mercado. Diego Gimenes entrevista André Nunes, economista-chefe do Sicredi.
Quer continuar atualizado sobre o mercado imobiliário? Então se inscreva na nossa Newsletter. Todas as terças e sextas, às 7:15, nós enviamos no seu e-mail as principais notícias do mercado Imobiliário. Vejo você lá!
Informações retiradas de Marília Monitchele à Veja