Guilherme Mello, Secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, revelou que a pasta está empenhada em atrair grandes fundos de pensão e investimentos para o mercado de crédito imobiliário. Ele destacou preocupações com o atual patamar da taxa básica de juros, a Selic, que considera restritivo para o setor.
Atualmente, a maior parte do financiamento imobiliário provém da caderneta de poupança e de instrumentos como a Letra de Crédito Imobiliário (LCI), financiados predominantemente por pessoas físicas.
“Queremos atrair fundos de pensão e fundos de investimento”, afirmou Mello. Ele explicou que os fundos de pensão podem alocar até 25% de seus investimentos no mercado imobiliário, mas que atualmente essa proporção gira em torno de apenas 3%.
Um passo importante para atrair esses investidores é a utilização da Empresa Gestora de Ativos (Emgea) para fortalecer o mercado secundário de crédito imobiliário, conforme previsto na medida provisória (MP) do Acredita. A proposta é permitir que os bancos vendam no mercado as carteiras de recebíveis, que geralmente são indexadas à Taxa Referencial (TR), convertendo a remuneração para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que oferece melhores condições.
Mello ressaltou que o atual nível da Selic, em 10,50% ao ano, impõe restrições ao crédito imobiliário e afasta investidores cruciais para o desenvolvimento do mercado. Ele enfatizou a necessidade de taxas de juros mais condizentes com a realidade econômica do país para dinamizar o mercado secundário e reduzir a dependência da poupança, atraindo novos participantes para o setor imobiliário.
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Informações retiradas de Cristiane Noberto à CNN