Estrangeiros são os maiores investidores em imóveis de luxo no RJ

Apesar do que muitos pensam, o mercado de imóveis de luxo está muito bem no Brasil, em junho foi vendido uma cobertura por R$42 milhões no Leblon e chamou bastante atenção, sobretudo pelo preço.

Muitos estrangeiros são atraídos pelos imóveis de luxo no Rio de Janeiro, principalmente da Europa e dos Estados Unidos e brasileiros de diversos estados.

Entre os interessados está Frederic Cockenpot, um belga que após 16 anos vivendo no Brasil, percebeu não ser o único com interesses para este segmento, logo decidiu abrir uma empresa voltada para imóveis de luxo.

Frederic afirma que, no catálogo da WhereInRio, 60% dos imóveis estão off-market, ou seja, não podem ser divulgados, mas que os preços chegam a R$ 100 milhões.

Segundo o Frederic, o interesse ocorre devido a desvalorização do real, pois o setor se torna mais atrativo para investidores internacionais, levando em consideração que “O valor do metro quadrado nem se compara uma cobertura em Paris, Nova York e Londres”.

De acordo com Thales Oliveira, diretor de vendas da Latin Exclusive, empresa voltada para o público de imóveis de luxo, 80% dos clientes vêm de fora do país.

“Ainda que o primeiro semestre de 2022 esteja vivendo uma desaceleração em comparação ao mesmo período do ano passado, percebemos que a procura pelos bairros mais nobres da Cidade Maravilhosa se mantém em alta”, conta o diretor de vendas da Latin Exclusive no Brasil.

O que os compradores buscam

O público de imóveis de luxo é extremamente exigente, os imóveis mais cobiçados possuem requisitos em comum, sendo eles, vista para o mar ou pontos turísticos, espaço aberto, automação de funções da casa, exclusividade e muitos cômodos.

Entretanto, há uma exigência comum e surpreendente— o número de vagas na garagem. Muitos compradores precisam de espaço para guardar todos os veículos da família, e esse fator encarece o valor dos imóveis.

Como a maioria das coberturas de luxo, entre 1.000 m² e 1.500 m², estão na Zona Sul, principalmente Ipanema e Leblon, há mais procura do que imóveis disponíveis. Assim, os preços ficam cada vez mais altos.