O envelhecimento da população está gerando uma demanda crescente por imóveis acessíveis no interior de São Paulo. A baixa taxa de natalidade e a alta expectativa de vida são fatores que impulsionam essa tendência, levando o mercado imobiliário a investir em propriedades adaptadas para a terceira idade.
De acordo com Alessandro Souto, proprietário de uma imobiliária, a demanda por imóveis acessíveis está em alta. “São filhos e familiares que observam o envelhecimento dos pais e buscam unidades pensadas para atender as necessidades dos idosos. De cada 10 contatos que recebemos, sete são de filhos que estão procurando imóveis com acessibilidade para os pais”. Entre os tipos de imóveis mais procurados, as casas térreas são as favoritas, representando 40% das buscas, devido à ausência de escadas, que podem ser perigosas para os idosos.
“Para as pessoas mais velhas, escadas são obstáculos. Barras e portas mais largas são diferenciais que também chamam atenção desses clientes, pois permitem a passagem de uma cadeira de rodas, por exemplo”, explica Souto.
O aumento da demanda também reflete no mercado de reformas residenciais. José Antônio de Milito, da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Sorocaba (Aeas), observa o crescimento das adaptações em imóveis já habitados por idosos. “As pessoas já estão se preocupando com essas questões de acessibilidade pensando na velhice ou em uma situação de terem a mobilidade reduzida temporariamente. Elas não necessariamente precisam mudar de casa, e sim, transformá-las em um lugar acessível”, destaca.
Milito sugere que reformas devem incluir portas com vãos de pelo menos 80 centímetros, rampas para desníveis, barras de apoio e fitas antiderrapantes. “Se a casa já estiver pronta, é possível colocar pequenas rampas para acesso em desníveis, como degraus em portas. Também, instalar barras para apoio no box dos banheiros, fitas antiderrapantes nos degraus e rampas, e ter uma boa iluminação são boas opções”, recomenda. Outras melhorias incluem maçanetas tipo alavanca e torneiras monocomando.
Além das reformas físicas, a tecnologia também desempenha um papel importante. “Existem recursos visuais e sonoros que, hoje, facilitam a movimentação e a circulação com segurança nas residências. As assistentes virtuais e inteligências artificiais controladas através da fala podem ajudar a realizar ações mais simples, como ligar luzes e fechar portas”, afirma Milito.
Para garantir uma adaptação adequada e conforme as normas, é essencial consultar profissionais especializados em reformas e acessibilidade. “Embora o envelhecimento populacional não seja um problema, em todos os casos, é necessário procurar um profissional para orientar reformas e adaptações nas residências. Isso garante a execução correta e o cumprimento das normas e boas práticas”, conclui Milito.
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Informações retiradas de G1