Grandes empresas do mercado imobiliário, incorporadoras e investidores estão cada vez mais focados em criar projetos de construção com eficiência energética, isso é explicado pelas metas corporativas de emissão zero de carbono.
A International Finance Corporation, do Banco Mundial, projeta que os edifícios verdes serão uma excelente opção de investimento ainda nos próximos anos. Isso porque, dentro do cenário de crescimento do aquecimento global, investidores estão cada vez mais seletivos ao escolher os ativos que irão adicionar em suas carteiras. Além de considerarem sua rentabilidade, a responsabilidade socioambiental também é analisada.
De acordo com Daniel Cherman, presidente da Tishman Speyer, há uma forte tendência dos investidores em alocar seus recursos para projetos sustentáveis, principalmente na Europa e nos Estados Unidos. “No Brasil, essa tendência começa a se consolidar entre os investidores institucionais, especialmente entre os fundos de investimentos”, comenta.
A Tishman Speyer é uma empresa americana que investe em imóveis, o grupo já aplicou mais de US$86 bilhões em empreendimentos imobiliários ao redor do mundo e vem crescendo sua atuação no Brasil com a incorporação de projetos no segmento de renda de aluguel de ativos corporativos de alto padrão.
Risco Financeiro
As mudanças climáticas vêm sendo avaliadas como um risco financeiro por empresas com atuação global. Segundo o estudo “Descarbonização do Ambiente Construído”, realizado pela JLL nos Estados Unidos, cerca de 78% dos investidores, incorporadores e construtoras consideram cada vez mais fatores de risco climático ao decidir onde comprar ou construir um imóvel.
Segundo o presidente da Birmann S.A, Rafael Birmann, os players do mercado imobiliário que não se adequarem às questões ESG (ambientais, sociais e de governança) terão sua capacidade de operação comprometida no longo prazo. “É preciso que essas preocupações estejam realmente no dia a dia das empresas e não apenas como estratégia de marketing. O tempo vai diferenciar uma ação de outra.”
Fonte: Valor Econômico