Há dois principais fatores que fazem o corretor de imóveis se destacar no mercado. Um deles é o seu alinhamento com as principais tendências de consumo. Uma prova disso são as imobiliárias 1.0 que cada vez perdem mais espaço para as que têm a transformação digital como aliada. E o outro é a informação. Relevante, atualizada e bem utilizada demonstra inteligência estratégia e aumenta a confiança do cliente. Entender a economia imobiliária, portanto, é fundamental.
Mas em um mercado em que tantos assuntos estão correlacionados, o que chega a ser a economia imobiliária? Como usar o seu conhecimento para gerar valor aos seus serviços e até cobrar mais por eles? E, o mais importante, como unir os dois fatores – informação e transformação digital – para criar diferenciais ainda maiores?
O que é economia imobiliária
O corretor não precisa ser um especialista para entender de economia imobiliária. Ela é um conjunto de assuntos pertinentes ao mercado, que permitem ao profissional uma visão ampla, realista e atualizada da situação.
Assim ele pode tirar insights que o ajudem na estratégia de divulgação e sua carteira de imóveis, que o permitam auxiliar seus clientes de forma mais assertiva e também a descobrir novas oportunidades de negócios.
Em suma, a economia imobiliária é resultado de conhecimentos das oscilações típicas do negócio, da macroeconomia, das mudanças do ambiente urbano e das melhores oportunidades de investimento.
O mercado ia com quantias altíssimas e, de um modo geral, a maioria das compras é feita através de financiamentos. Por isso, inflação, Selic e taxa de juros, que estão sempre interligados, precisam ser acompanhados de perto.
Eles acabam influenciando o rendimento da poupança, grande financiadora do crédito imobiliário, o comportamento dos bancos, saques do FTGTs e muito mais. Assim, é preciso dominar o assunto afins ao mercado, mas também saber orientar o paciente a respeito das melhores oportunidades. E quanto mais informação o corretor tiver, mais fácil será traçar sua própria visão de mercado.
O que estão dizendo os especialistas
Para se manter informado é muito importante buscar fontes sérias, fugindo de achismos e fake news. Assim é possível criar opiniões e orientações baseadas na análise de dados, uma grande aliada do mercado imobiliário.
Um levantamento com 125 entrevistados do primeiro escalão do mercado foi feito pela consultoria Bain a pedido do Global Real Estate Institute. Quarenta e quatro por cento dos executivos estão desapontados com o cenário macroeconômico brasileiro com a deterioração causada pelos juros, inflação e desemprego elevados. E acreditam que o cenário ficará ainda pior nos próximos 12 meses. Apenas 15% acham que vai melhorar.
Mas a situação é um tanto diferente quando se trata a economia imobiliária, aquela mais voltada para o mercado. Os dados mostram que 48% acreditam em um desempenho melhor do setor nos próximos 12 meses. Ainda assim, o percentual é menor em relação ao trimestre anterior, de 59%. E os pessimistas mais que dobraram, passando de 6% para 13%.
Outro ponto que merece destaque são as tendências da economia imobiliária. A pesquisa mostra ainda que o segmento mais promissor continua sendo o residencial. O principal motivo é a forte demanda por moradia. Em segundo lugar, está o segmento logístico, com o aumento da procura por galpões para atender o comércio online.
Já em relação aos investimentos, as principais tendências apontam para os hotéis, escritórios e shoppings. Estes foram os setores mais afetados pela pandemia por causa do distanciamento social imposto como medida sanitária. Agora, no entanto, devido à vacinação e os baixos níveis de contágio, estão em franca recuperação.
Transformação digital e economia imobiliária: par perfeito
O mundo se transformou e hoje a união entre os ambientes digital e físico já é uma realidade. O consumidor exige processos mais rápidos e seguros, mas também mais assertivos. E a análise de dados oferece as condições perfeitas para o corretor criar diferenciais atendendo à nova demanda de consumo.
Assim, unir seus conhecimentos em economia imobiliária aos dados fornecidos por seu CRM, por exemplo, é criar diferenciais de inteligência mercadológica. Não basta esperar que a tecnologia faça tudo sozinha nem adianta ter informações privilegiadas se não souber usá-las.
Use a tecnologia para entender quais os seus clientes que têm potencial de investimento em logística, por exemplo. Quantos trabalham com e-commerce? Mesmo que estejam buscando um imóvel residencial, não significa que descartem uma boa oportunidade.
Quantos leads estão parados na jornada de compra em dúvida sobre o melhor tipo de imóvel? Casa, apartamento, terreno para construir uma casa de veraneio? A ideia é investir? Mostre qual a modalidade que está dando melhor retorno.
As vendas andam meio devagar, mas muita gente pede seus conselhos? Considere usar os dados para criar uma consultoria especializada como um serviço extra da sua imobiliária. Pode ser sobre investimentos em tijolos no exterior, melhores fundos de investimento ou nas aquisições em criptomoedas, por exemplo.
Essas são algumas sugestões, mas não há limites para as portas que podem se abrir unindo transformação digital e conhecimento em economia imobiliária!
Aproveite para saber sobre o metaverso e as novas oportunidades que estão surgindo!