Taxa de imóveis desocupados em Nova Iorque atinge menor nível em mais de 50 anos, revela relatório do departamento de habitação da cidade.
O departamento de habitação da cidade de Nova Iorque divulgou um relatório que aponta uma queda no índice de imóveis vazios, atingindo o menor patamar em mais de meio século, com apenas 1,4%. Essa pesquisa, realizada a cada três anos em colaboração com o Censo dos Estados Unidos desde 1965, é fundamental para determinar a necessidade de controle e estabilização de aluguéis na cidade.
No período de dois anos, o índice despencou de 4,54% para 1,4%, o que é notável mesmo com um aumento de 2% no parque habitacional líquido, representando cerca de 60 mil unidades. No entanto, essa diminuição acentuada de imóveis disponíveis está pressionando os preços para cima, com a média do aluguel em torno de US$ 4,1 mil mensais (R$20 mil).
O relatório alerta para a dificuldade crescente dos moradores de renda mais baixa em encontrar moradia, destacando a importância de investimentos públicos para mitigar esse problema.
A pesquisa realizada na megalópole constatou que apenas 33 mil dos 2,3 milhões de apartamentos estavam disponíveis para locação entre janeiro e junho do ano passado. Isso representa uma disponibilidade muito baixa, especialmente nos imóveis com aluguéis inferiores a US$2,4 mil (R$12 mil), onde apenas 1% estava disponível.
“Os dados são claros: a demanda para morar em nossa cidade ultrapassa em muito nossa capacidade de construir moradias”, declarou o prefeito de Nova York, Eric Adams, na apresentação do relatório.
Especialistas destacam que o mercado enfrenta uma demanda significativa por cerca de 275 mil novas moradias. Para que o mercado imobiliário funcione de maneira mais fluida, é considerado ideal que o índice de vacância se situe entre 5% e 8%.
Autoridades enfrentam obstáculos para derrubar as restrições de construção de 1961 em Nova Iorque, que limitam o tamanho dos prédios e dificultam a transformação de imóveis comerciais em residenciais.
“Sem novas ferramentas e mudanças no uso do solo, a oferta de moradias disponíveis na cidade de Nova York simplesmente não pode acompanhar o ritmo da demanda”, ressalta o documento.
De acordo com um relatório do Real Estate Board of New York, a cidade precisa de 560 mil novos imóveis até 2030 para acompanhar o crescimento populacional projetado.
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Informações retiradas de Exame