A construção e a compra de casas na Europa enfrentam atualmente “a pior crise em décadas”, devido a vários fatores. Os altos juros e os preços dos materiais de construção em elevação estão diminuindo a oferta e tornando o acesso à habitação ainda mais difícil. Este cenário também afeta os Estados Unidos.
Como resultado, as famílias que desejam comprar ou construir casas estão enfrentando dificuldades, especialmente devido aos custos elevados de empréstimos bancários. A crise está levando à falência das construtoras, à diminuição da oferta e ao resfriamento das vendas de imóveis. Quedas abruptas nas licenças para construção e na compra de casas são indicativas dessa situação preocupante, segundo a Bloomberg outros motivos também são aparentes:
- Custos da construção (materiais e mão de obra) dispararam nos últimos dois anos, por via da inflação;
- Burocracias tornam processo mais lentos (atrasos nos licenciamentos, por exemplo);
- Falta de terrenos;
- Maior custo de financiamento por via da subida dos juros;
- Regulamentações de eficiência energética mais rigorosas;
- Incerteza nas políticas governamentais e monetárias.
Fatores como a falta de mão de obra avançada, terrenos disponíveis limitados, preços elevados de materiais e altos custos de financiamento estão afetando a indústria da construção. Esta crise tem impactos diretos nas famílias, levando a uma diminuição na oferta de habitação e ao aumento dos preços. Até mesmo agregados familiares com dois rendimentos obtidos e terrenos disponíveis estão enfrentando dificuldades na construção de suas casas.
As elevadas taxas de juro de referência do Banco Central Europeu e da Reserva Federal dos EUA estão tornando a prestação da casa uma carga pesada sobre os rendimentos das famílias. Nos EUA, a relutância dos proprietários em vender suas casas para não perder seus créditos hipotecários baratos antigos está diminuindo a oferta no mercado imobiliário, levando as vendas de casas a níveis historicamente baixos. O mercado imobiliário nos EUA também é menos acessível do que tem sido desde a década de 1980.
Escassez de habitação
Na Europa, a escassez de habitação tem várias consequências visíveis. Grandes projetos habitacionais estão sendo desacelerados, com os maiores proprietários de imóveis na Alemanha, a Vonovia SE, pausando indefinidamente suas novas construções residenciais. Além disso, um número crescente de empresas de construção está comprometido, ameaçando ainda mais a oferta habitacional na Europa, com exemplos notáveis no Reino Unido, onde 45.000 construtoras fecharam nos últimos cinco anos, e na Suécia, onde 1.145 empresas do setor de construção declararam falência entre janeiro e outubro deste ano.
Em contrapartida, nos Estados Unidos, algumas construtoras residenciais, como a Lennar Corp. e a DR Horton Inc., estão aproveitando a redução na oferta de casas como uma oportunidade. Eles estão aumentando a produção, reduzindo preços e oferecendo taxas de juro abaixo do mercado para atrair novos compradores.
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Informações retiradas de Idealista