No balanço divulgado nesta quinta-feira, 14, a construtora e incorporadora Cyrela revelou um desempenho robusto no quarto trimestre de 2023, com um lucro líquido de R$ 248 milhões, representando um crescimento significativo de 19% em relação ao mesmo período do ano anterior. No acumulado do ano, a empresa registrou um lucro de R$ 942 milhões, o que reflete um ganho de 16,4% em comparação com o ano anterior.
Os resultados foram impulsionados pelo avanço na receita líquida, que atingiu R$ 1,710 bilhão no último trimestre, marcando um aumento de 25% em relação ao mesmo trimestre de 2022. Ao longo de 2023, a receita totalizou R$ 6,3 bilhões, indicando um crescimento de 16% no ano.
No último trimestre de 2023, a incorporadora Cyrela registrou uma queda de 4% nas vendas, totalizando R$ 2,59 bilhões, superando as expectativas dos analistas. No acumulado do ano, as vendas alcançaram R$ 8,89 bilhões, representando um aumento de 12% em relação ao ano anterior.
A empresa lançou 13 projetos, resultando em um valor geral de vendas (VGV) de R$2,74 bilhões no último trimestre, uma diminuição de 3% em comparação ao mesmo período do ano anterior. No entanto, ao longo de 2023, os lançamentos atingiram R$9,77 bilhões em VGV, marcando um aumento de 7% em relação ao ano anterior.
No último trimestre, a incorporadora registrou um avanço na margem bruta, atingindo 33,7%, representando um aumento de 2,3 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano anterior. A margem bruta ajustada também teve um crescimento de 2,3 pontos percentuais, chegando a 35,4%. No entanto, houve uma queda na margem líquida, diminuindo 0,7 pontos percentuais para 14,5%.
Em termos de finanças, a empresa encerrou o quarto trimestre com uma dívida líquida de R$ 868 milhões, o que representa um aumento de 52% em comparação com o ano anterior. Além disso, foi reportada uma queima de caixa de R$ 94 milhões no trimestre e de R$ 101 milhões no ano.
A Cyrela, uma das principais empresas do setor imobiliário, reportou resultados dentro do esperado, impulsionados pela alta nas compras de terrenos, especialmente no último trimestre. Miguel Mickelberg, CFO e diretor de relações com investidores da empresa, indicou que para 2024, espera-se um desempenho semelhante ao ano anterior, possivelmente um pouco melhor, dependendo da performance do mercado em vendas e terrenos.
Com a perspectiva de queda de juros, a Cyrela planeja expandir sua atuação no segmento econômico, principalmente através do programa Minha Casa Minha Vida, porém de maneira moderada. Mickelberg aponta que a fatia da baixa renda no portfólio da empresa aumentou de 20% em 2023 para 25% em 2024.
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Informações retiradas de Beatriz Quesada à Exame