Um levantamento sobre empréstimos consignados no Brasil, conduzido pelo Centro de Estudos em Finanças da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGVcef) em parceria com a Toluna Insights, revelou algumas descobertas surpreendentes.
A pesquisa constatou que o maior público beneficiário desses empréstimos não é composto por aposentados, mas sim por pessoas de 35 a 54 anos, representando 43% do total, seguidas pela faixa etária de 18 a 34 anos, com 42%. Apenas 15% dos tomadores de empréstimos têm mais de 55 anos.
Além disso, a maioria dos tomadores de empréstimos consignados pertence às classes socioeconômicas C (51%) e B (40%). Outros achados notáveis incluem a ampla utilização da portabilidade de empréstimos e o fato de que muitos indivíduos estão optando por contrair empréstimos consignados para quitar dívidas mais caras.
A pesquisa foi coordenada pelo professor William Eid Junior e entrevistou 808 detentores de empréstimos consignados durante o mês de julho, com uma amostra representativa em termos de distribuição geográfica, gênero e idade.
Sobre os principais motivos para tomar um consignado, as opções mais votadas são:
- Pagar dívidas (27%)
- Reformar ou comprar uma residência (11%)
- Saúde (10%)
- Pagar contas da casa (10%)
- Investir no próprio negócio (8%)
“Emprestar para familiares ou amigos ficou em último lugar. Interessante, pois havia uma crença de que aposentados contratariam empréstimos consignados para apoiar familiares”, afirma o professor Eid Jr.
Mulheres indicam motivos pagar dívidas e idosos mais cobertura de gastos com saúde. Os jovens indicam começar ou investir no seu negócio e idade intermediária indica investir num segundo imóvel.
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Informações retiradas de Álvaro Campos à Valor Econômico