O Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (Creci-SP) registrou um aumento de 35,1% no número de contratos de locações de imóveis em Campinas em junho deste ano comparado com o mês anterior. O crescimento é atribuído à busca das pessoas por reduzir despesas devido à situação econômica atual.
Por que a busca por economia amplia locações?
A pesquisa mostrou que 97% das locações recentes são de imóveis que foram devolvidos por locatários anteriores. Além disso, o conselho aponta que, no mês de junho, 70,4% dos locatários que encerraram contratos de locação mudaram-se para imóveis com aluguel mais baixo, criando uma rotatividade locacional.
“Quando a pessoa entrega o imóvel, imediatamente, o proprietário aluga [para outro]. Quando não era para ter nenhuma locação, porque se o inquilino não mudasse, permaneceria ali. Onde não deveria ter nenhuma locação, temos duas: uma daquele que vai para outra região, e uma do que vem para cá e aluga esse. Então, o número fica alto”, explica José Augusto Viana Neto, presidente do Creci.
Como foi no primeiro semestre?
A região metropolitana de Campinas registrou um crescimento nas vendas e locações de imóveis durante o primeiro semestre de 2023. A pesquisa consultou um total de 39 imobiliárias nas cidades de Americana, Amparo, Artur Nogueira, Campinas, Cosmópolis, Holambra, Hortolândia, Indaiatuba, Itatiba, Jaguariúna, Lindoia, Mogi Guaçu, Mogi Mirim, Paulínia, Santa Bárbara D’oeste, Sumaré, Valinhos e Vinhedo.
No acumulado dos seis meses, as vendas apresentaram um expressivo aumento de 30,45%, enquanto as locações tiveram um crescimento ainda mais significativo, atingindo a marca de 52,88%.
Locações
Os preços de locação para casas e apartamentos mantiveram-se em níveis acessíveis no mês de junho. Para casas, a principal faixa de preço de aluguel foi de até R$1,5 mil, sendo que a maioria dessas propriedades possuía dois dormitórios e uma área útil de até 100 m². Já no segmento de apartamentos, o valor médio de aluguel ficou em até R$2,5 mil para imóveis com apenas um dormitório e área útil também de até 100 m².
Vendas
Em junho, o mercado imobiliário registrou um aumento significativo nas vendas de casas e apartamentos com valores acessíveis. De acordo com os dados disponíveis, a maioria das casas vendidas durante o período teve preços de até R$500 mil, apresentando três dormitórios e uma área útil de até 200 m².
Por outro lado, no segmento de apartamentos, a faixa de preço preferida pelos compradores foi de até R$300 mil. Nesse caso, a demanda se concentrou em imóveis com dois dormitórios e uma área útil de até 50 m².
Quer continuar atualizado sobre o mercado imobiliário? Então se inscreva na nossa Newsletter. Todas as terças e sextas, às 7:15, nós enviamos no seu e-mail as principais notícias do mercado Imobiliário. Vejo você lá!
Informações retiradas de Heitor Moreira e João Alvarenga à G1