A COP 27 acabou de começar no último domingo, 6 de novembro, e são grandes as expectativas relacionadas ao setor da construção civil. Até o dia 18, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2022, que acontece em Sharm El Sheikh (Egito), será palco de decisões e metas importantes, mas é preciso ser realista em relação aos desafios da área.
Hoje o setor de imóveis é responsável por 40% da emissão global de carbono, sendo 28% dessas emissões consideradas operacionais (ou seja, energia necessária para aquecer, resfriar e fornecer eletricidade aos edifícios) e 11% gerados a partir de matéria prima.
Assim, entre a manutenção dos espaços já existentes e os projetos sustentáveis para a construção dos novos, a verdade é que é alto o consumo de energia – e uma consequente dependência dos combustíveis fósseis, como petróleo e gás.
De acordo com o relatório do Fórum Econômico Mundial sobre a transição líquida-zero, as ações de aquecer e cozinhar em prédios comerciais e residenciais são responsáveis por 6% das emissões globais de CO2.
A descarbonização é, portanto, um passo importante e cada vez mais viável graças à tecnologia de bomba de calor elétrica, uma solução considerada competitiva em termos de custos.
COP 27 e a conduta de responsabilidade
Entretanto, o compromisso de descarbonização precisa partir de projetos sustentáveis que envolvam todas as etapas das construções. É a adoção da chamada conduta de responsabilidade, seja para descarbonizar retrospectivamente o uso de energia de um edifício, seja nas primeiras etapas de desenvolvimento das infraestruturas, com a sustentabilidade incorporada em toda parte.
Assim, a adoção de um código de conduta de sustentabilidade entre os parceiros – desenvolvedores, empreiteiros, projetistas e outros especialistas no processo de construção – pode gerar um sentimento de sustentabilidade que pode ser criada, e não simplesmente imposta através de requisitos e demandas que envolvem diferentes partes em sua cadeia de valor.
Dessa forma, com base na experiência de diferentes atores da cadeia de valor e com um pouco de inovação, novas soluções para o desenvolvimento sustentável podem ser elaboradas em cooperação.
Fonte: Meio Ambiente Rio