Representantes de diversas construtoras em São Paulo estão intensificando esforços para modificar o projeto de lei da revisão do Zoneamento da capital. Essa movimentação surge após vereadores congelarem o adensamento em ruas de vila nos bairros paulistanos. As construtoras buscam principalmente aumentar os limites de altura em áreas designadas como Zonas de Centralidades (ZCs) e Zonas Mistas (ZMs).
Estas zonas, localizadas próximo a corredores viários em áreas valorizadas, têm a flexibilidade de abrigar tanto empreendimentos comerciais quanto residenciais. O pedido de alteração foi formalizado durante a penúltima audiência pública sobre o assunto, realizada nesta segunda-feira (11/12). O embate entre construtoras e vereadores revela divergências significativas na visão do desenvolvimento urbano, destacando a importância das discussões em torno das políticas de zoneamento para o futuro da cidade.
O setor imobiliário está buscando alterações nos limites de altura dos edifícios em áreas urbanas, defendendo que as ZMs tenham o gabarito elevado de 28 para 48 metros, e nas ZCs, de 48 para 72 metros. A justificativa central é que as restrições atuais inviabilizam a construção de moradias de interesse social, alegando que limites mais elevados seriam necessários para viabilizar empreendimentos voltados para esse mercado específico. A proposta visa facilitar a oferta de habitações acessíveis, enfrentando desafios econômicos presentes nos lotes com essas classificações.
A revisão da Lei de Zoneamento está em debate na Câmara de Vereadores, onde os legisladores discutem os limites de construção e os usos permitidos em cada quarteirão da cidade. O presidente da Comissão de Política Urbana, expressou apoio às mudanças, destacando o adensamento da cidade como uma de suas bandeiras de campanha.
Em contrapartida, a vereadora da Bancada Feminista, criticou a proposta, enfatizando que o congelamento dos limites de verticalização nas ruas de vila representava uma vitória dos movimentos de bairro que deveria ser preservada. A discussão envolve implicações significativas para a valorização dos imóveis e a configuração urbana da cidade.
A revisão, sujeita a alterações, será votada nesta terça-feira (12/12), com a possibilidade de inclusão de propostas do setor imobiliário. Adicionalmente, um segundo projeto substitutivo, incorporando as sugestões das audiências públicas, será apresentado até o final desta semana, visando votação na semana seguinte.
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Informações retiradas de Bruno Ribeiro à Metrópoles