Ainda que a MP que amplia o prazo de financiamento pelo FGTS tenha sido aprovada, as construtoras de baixa renda fecharam em queda na última semana. A Tenda (TEND3), por exemplo, registrou queda de 15%, seguida da Plano & Plano (PLPL3) com desvalorização de 4,44%.
Nessa leva também consta a Cury, MRV e Direcional, com quedas respectivas de 0,28%, 2,91% e 2,02%.
O impacto das medidas para as construtoras
Após ampliar o teto do Programa Casa Verde e Amarela e beneficiar construtoras de baixa renda, o Senado também aprovou na quarta-feira (13) uma medida provisória que amplia o prazo de financiamento de 30 para 35 anos.
Essas medidas beneficiarão todas as construtoras de baixa renda e ajudarão a recompor a rentabilidade do setor, segundo avaliação de Ygor Altero, analista de investimentos da XP Investimentos.
Para o chief financial officer da MRV, Ricardo Paixão, essas medidas têm como objetivo aumentar o poder de compra das famílias e terão um impacto bastante positivo.
Vale lembrar que hoje uma família com uma renda em torno de R$4 mil pode solicitar um financiamento de até R$1,2 mil, pois, neste caso, o financiamento não compromete 30% da renda. Com a MP 1.107/22 é possível utilizar até 8% do FGTS depositado mensalmente pelo empregador no pagamento do financiamento imobiliário.
“Na prática, há um aumento no comprometimento de renda de 30% para 38%”, esclarece Paixão. “Já existia a opção de anualmente a família utilizar o FGTS para amortizar o saldo devedor, porém essa operação não era considerada no cálculo da Caixa, o que muda é que agora [os 8% do FGTS] passa a ser considerado capacidade de compra”, explica Ricardo.
Fonte: Money Times