O Índice de Confiança da Construção (ICST) calculado pelo FGV IBRE teve uma queda de 1,0 ponto em março, alcançando 96,6 pontos, revertendo parte do ganho observado no mês anterior. O índice médio trimestral ficou praticamente estável, com uma variação de apenas 0,2 ponto.
Segundo Ana Maria Castelo, Coordenadora de Projetos da Construção do FGV IBRE, a confiança no setor diminuiu devido a uma visão mais pessimista sobre o ambiente de negócios. Dificuldades de acesso ao crédito e à mão de obra qualificada ainda afetam muitas empresas, porém, o otimismo em relação à demanda nos próximos meses continua. Destaca-se o segmento de Preparação de Terrenos, que teve um aumento expressivo da atividade em março, sinalizando perspectivas mais favoráveis para o setor.
“O avanço dos dois últimos meses não se sustentou: a confiança setorial caiu com a avaliação mais negativa em relação ao ambiente de negócios. As dificuldades de acesso ao crédito e à mão de obra qualificada continuam afetando parcela expressiva das empresas. No entanto, o setor se manteve otimista em relação à demanda dos próximos meses. Vale destacar o segmento de Preparação de terrenos, que é antecedente ao ciclo de produção, que registrou melhora expressiva da atividade em março, reforçando as perspectivas mais favoráveis para o setor. Na comparação com o último trimestre de 2023, o primeiro trimestre deste ano termina com melhora da confiança,” observou.
O resultado do ICST deste mês foi impactado pela piora das avaliações sobre a situação atual e as perspectivas futuras. O Índice de Situação Atual (ISA-CST) teve a maior influência na queda, recuando 1,4 ponto. Já o Índice de Expectativas (IE-CST) teve uma redução mais moderada, de 0,3 ponto.
As empresas do segmento de Obras Residenciais apresentaram um aumento significativo na confiança em relação ao trimestre anterior, impulsionadas pelas expectativas positivas quanto à demanda futura. Esse otimismo reflete a expectativa de uma retomada mais robusta das vendas no mercado imobiliário em 2024.
“Se em 2023, o mercado imobiliário mostrou grande resiliência ante as altas taxas de juros, em 2024, há forte expectativa de retomada mais vigorosa das vendas”, completa.
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