A era dos excessos de consumo pode estar chegando ao fim, à medida que um novo movimento ganha força entre consumidores AAA: o “quiet luxury”. Este conceito, que já sugere uma mudança significativa de hábitos, valoriza um luxo mais discreto. Em vez da ostentação extravagante com itens como carros e roupas de marcas visíveis, o “quiet luxury” foca na escolha de produtos de alta qualidade. Isso não significa que os consumidores estão deixando de gastar em produtos caros, mas sim que há um maior bom-senso na hora de usar o cartão de crédito. Em resumo, é um apelo ao consumo consciente para a elite.
Esse movimento de consumo está impactando o mundo da moda, o setor automotivo e, especialmente, o mercado imobiliário. No setor de imóveis, o luxo discreto se traduz em apartamentos e casas reservadas, com diferenciais que muitas vezes passam despercebidos, como projetos de arquitetura assinados por renomados profissionais, localização privilegiada em condomínios exclusivos, e mobiliário de design exclusivo.
Esse estilo de consumo está conquistando compradores exigentes que valorizam a sofisticação discreta e tem influenciado incorporadores a desenvolverem empreendimentos voltados para esse público. Um exemplo disso é o Cidade Matarazzo, em São Paulo, um dos projetos mais emblemáticos da cidade atualmente. As unidades residenciais são entregues com acabamentos de alta qualidade e tecnologia desenvolvidos exclusivamente para o empreendimento, incluindo suítes hoteleiras da bandeira Rosewood.
O piso em mármore, disponível em várias tonalidades conforme a escolha do cliente, é proveniente de mineradoras brasileiras que possuem pedras de qualidade comparável às italianas. Todos os metais dos apartamentos do Cidade Matarazzo foram desenvolvidos por um estúdio de design francês. Esses detalhes são valorizados pelo público adepto do “quiet luxury”, pois são atributos sofisticados e discretos.
É importante destacar que o estilo “quiet luxury” não tem nada a ver com economia. Embora os produtos não chamem atenção à primeira vista, eles não são baratos. Conseguir um projeto assinado por um arquiteto renomado demanda muito dinheiro e, às vezes, esforço para conquistar a empatia do profissional. Comprar uma casa em condomínios mais reservados também é desafiador. O empreendimento Reserva Trancoso, que conta com um hotel Fasano na praia de Itapororoca, vendeu todas as casas antes da pandemia. Os proprietários, que são constantemente assediados para vender seus imóveis por valores muito superiores ao investimento inicial, preferem manter suas propriedades devido à exclusividade e localização privilegiada.
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Informações retiradas de Renata Firpo à Veja