Os novos aplicativos e as novas tecnologias têm proporcionado uma mudança de comportamento e tem feito surgir novos modelos de negócios, que promovem facilidade, conforto e agilidade e também fazem com o que consumidor tenha autonomia na escolha desses serviços.
Podemos citar como exemplos o Uber (preço, agilidade, praticidade), Netflix (entretenimento a um clique com preço justo) e Spotify (praticidade e uma gama de opções) e o Airbnb (aluguel de imóveis por temporada de forma autônoma, direto com o proprietário). Que o diga a nova geração que é consumidora desses serviços.
Há uma discussão muito grande em torno de serviços compartilhados oferecidos e negociados por meio de aplicativos, mas de qualquer forma, eles mudaram a forma de consumir dos usuários e tendem a afetar ainda mais.
Tanto que o mercado imobiliário vem sentindo os efeitos dessas mudanças, pois hoje é muito fácil alugar um imóvel para temporada por meio de um aplicativo super simples e prático. Mas será que o Airbnb assusta tanto assim o mercado imobiliário? Vamos investigar!
O que é o Airbnb e como ele funciona?
Criado em 2008 por uma empresa americana e financiada por uma incubadora (startup), o Airbnb nasceu com o propósito de auxiliar as pessoas no aluguel de qualquer tipo de imóvel por temporada — propriedades inteiras, ou apenas um quarto, ou uma cama — em qualquer lugar do mundo.
O valor é bem acessível, e ainda vem com seguro para que os donos não tenham prejuízo. Além do valor do aluguel por dia, o locatário paga uma pequena taxa pela limpeza do local, e em alguns casos, os anfitriões deixam alimentos para o café da manhã. Ou seja, não é um mau negócio tanto para o locador, quanto para o locatário.
Além disso, depois que o hóspede deixa o imóvel, ele e o proprietário ainda podem trocar impressões sobre cada um no site, como uma espécie de recomendação para outros inquilinos temporários e outras locações.
Como o aluguel a curto prazo, o aplicativo tem funcionado bem, e foi para esse propósito que ele foi criado. Mas, agora, a empresa estuda estender o tempo em que os interessados queiram ficar no local, principalmente em locais em que a oferta de imóveis está esgotada, como na cidade de São Francisco (CA) nos EUA. Segundo um relatório da prefeitura, entre 925 e 1960 imóveis foram retirados das imobiliárias para serem negociados pelo Airbnb.
O efeito é o encarecimento dos imóveis para longo prazo e uma reviravolta no mercado. O que fazer?
Como está a situação no Brasil?
Por enquanto, o mercado imobiliário de aluguéis de longo prazo brasileiro está a salvo, tendo em vista que as negociações de aluguéis no País têm sido feitas por temporada, ou seja, apenas para visitas, férias, ou hospedagem curta.
Neste momento, quem sofre mais é o setor hoteleiro, que perde quando se trata de hospedar um grande número de pessoas, por exemplo. Em casos assim, o Airbnb acaba sendo mais vantajoso para os hóspedes.
Como o mercado imobiliário deve sobreviver junto com o Airbnb?
Para se adequar a essas novas diretrizes, o setor imobiliário pode usar algumas estratégias para facilitar a vida do inquilino, como:
- Seguro-fiança: de qualquer forma, a fiança está assegurada ao final, ou antes do término do contrato.
- Seguro locatício: não é mais preciso fiador para alugar um imóvel. Quem diria que um dia teríamos essa facilidade?
- A localização do imóvel, hoje, não é mais fator decisivo para a locação, tendo em vista que muitos profissionais trabalham de forma remota. Portanto, é preciso focar na estrutura interna do imóvel, como segurança, conforto, praticidade e ambientes com automação predial e tecnologia.
- Atendimento e experiência do cliente: Por mais que as previsões para o futuro sejam a do desaparecimento da figura do corretor de imóveis, é possível trabalhar agora para mudar essa situação. Prestar um excelente atendimento é fundamental, e dá tempo de fazer isso já! Além disso, investir na experiência do cliente é a chave para fidelizá-lo.
O Airbnb veio para ficar, e como tudo, deve passar por transformações. É preciso se atualizar e criar estratégias para conquistar esse novo perfil de consumidor. Gostou deste texto? Fique conosco e veja neste outro artigo aqui como conquistar clientes usando a internet. Até a próxima!