Os icônicos cinemas de rua paulistanos Belas Artes e Marquise, localizados nas imediações da Avenida Paulista, estão buscando novos patrocinadores para ajudar a cobrir seus custos de aluguel, em meio à recuperação do público nas salas de cinema. O preço elevado do metro quadrado na região torna o aluguel uma despesa significativa. O Cine Marquise, por exemplo, está à procura de um novo patrocinador, uma vez que o contrato com a Sabesp não foi renovado.
A empresa de saneamento fornecia patrocínio que ajudava a cobrir o aluguel, condomínio e IPTU do cinema. Sem um novo patrocinador, o cinema prevê que poderá se manter por mais 6 meses a 1 ano, dependendo de empréstimos. Isso se soma às dívidas acumuladas durante o fechamento de 18 meses devido à pandemia, o que coloca pressão adicional sobre o cinema e muitos outros exibidores no Brasil que enfrentam desafios semelhantes.
O Cine Belas Artes, localizado na Avenida Paulista em São Paulo, enfrenta uma situação financeira delicada devido a uma dívida de mais de R$1 milhão contraída durante a pandemia. Recentemente, o Grupo Petrópolis decidiu não renovar o contrato de naming rights com o cinema, o que significa que o nome da sua cerveja premium, a Petra, não estará mais na fachada do prédio após 2023.
Apesar dos desafios financeiros, os gestores do Belas Artes afirmam que a operação do cinema está saudável e tem se beneficiado da retomada da ocupação das salas de cinema no Brasil. A bilheteria atual representa entre 60% e 70% do nível de 2019. No entanto, o público dos cinemas ainda é cerca de 34,9% menor do que antes do fechamento das salas, de acordo com a Agência Nacional do Cinema (Ancine).
A taxa de ocupação atual permite que o cinema continue a pagar suas despesas e reduzir sua dívida, mas a ausência de patrocínio, que também ajuda a cobrir os aluguéis, poderia mudar esse cenário. O aluguel de um prédio na região é estimado entre R$40 e R$60 por metro quadrado, e o aluguel para uma área equivalente às seis salas de cinema do Belas Artes deve ser próximo de R$90 mil por mês.
Assim, o desafio para esses cinemas é encontrar patrocínio que valorize a cultura e equipamentos culturais, mesmo em um cenário em que as empresas geralmente se concentram em projetos culturais apoiados por leis de incentivo.
O Cine Belas Artes, enfrenta um desafio de financiamento devido ao fim do patrocínio do Grupo Petrópolis. No entanto, a administração do cinema, que já passou por momentos difíceis, está determinada a continuar operando no mesmo local que ocupou por mais de 50 anos. A interrupção do patrocínio pelo Grupo Petrópolis foi justificada pela empresa como parte de uma revisão de gastos devido a uma situação de recuperação judicial. O cinema está em busca de novos parceiros para garantir sua sobrevivência.
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Informações retiradas de Iuri Santos à Info Money