O mundo inteiro sofreu desaceleração na economia, devido aos efeitos da pandemia do Covid-19. Sobretudo a China, que adotou uma posição rígida anticovid, causando uma queda ainda maior na economia e principalmente no mercado imobiliário.
A segunda maior potência mundial está tomando medidas para conter esses efeitos negativos, nesta segunda-feira (22) o Banco Central da China reduziu a taxa de juros sobre empréstimos, com intuito de estimular o mercado.
A taxa básica de juros para empréstimos a um ano, referência para empréstimos a empresas, foi reduzida de 3,7% para 3,65%, informou o Banco Popular da China (PBOC) em um comunicado. Ao mesmo tempo, a taxa básica para empréstimos a cinco anos, usada para definir hipotecas, foi reduzida de 4,45% para 4,3%.
Os analistas anteciparam os cortes na taxa básica de juros, mas alertaram que a medida pode ser insuficiente para a recuperação do setor imobiliário, que segundo vários cálculos representa 25% do PIB chinês.
“O corte da taxa a cinco anos sugere que o PBOC está preocupado com os problemas do mercado imobiliário”, destacou a Capital Economics em um comunicado.
“Os compradores de imóveis com hipotecas, no entanto, terão que esperar até o início do próximo ano para que a mudança os beneficie”. Acrescenta a nota.
A China está caminhando para uma crise imobiliária, um dos fatores contribuintes é o boicote recorrente do pagamento das hipotecas, impulsionado por compradores frustrados, enquanto isso, o setor da construção luta para tentar finalizar as unidades já vendidas, mesmo com recursos escassos.
“A maioria das hipotecas está vinculada a esta taxa básica (a cinco anos). Este corte obviamente reduzirá a carga dos mutuários”, disse Iris Pang, economista-chefe para a China do ING.
O crescimento econômico chinês foi de 0,4% em ritmo anual no segundo trimestre, o menor desde o início da pandemia em 2020.
Fonte: UOL