Um lote com cem residências modulares chegou ao Aeroporto de Guarulhos (SP) no último dia 28 de maio e será transportado por terra até o Rio Grande do Sul para ajudar as vítimas das recentes enchentes no estado.
De acordo com informações da Defesa Civil do RS, cerca de 48,7 mil pessoas estão atualmente em abrigos, enquanto 581 mil estão desalojadas.
A Acnur (Agência da ONU para Refugiados) fez a doação das casas, totalizando 200 unidades que serão transformadas em moradias temporárias de emergência. Embora não sejam soluções permanentes, o objetivo é proporcionar maior privacidade e segurança às famílias afetadas, principalmente num primeiro momento.
A ação foi realizada em colaboração, sendo uma parceria entre a Acnur e o programa Avião Solidário da Latam, com coordenação dos Ministérios das Relações Exteriores e dos Portos e Aeroportos. O envio totalizou 16 toneladas e foi transportado sem custos, vindo diretamente da Colômbia.
Como são as habitações modulares
Elas são compactas e leves, feitas de aço de baixo peso. As unidades habitacionais de emergência (RHU, na sigla em inglês) possuem uma área de 17,5 metros quadrados, com altura de 2,83 metros, comprimento de 5,68 metros e largura de 3,32 metros.
Todas as partes necessárias para a montagem são divididas em dois pacotes de 160 kg no total, sendo o abrigo em si pesando 140 kg. De acordo com a Better Shelter, fabricante das casas, elas podem resistir a ventos de até 101 km/h.
A estrutura é composta por teto, divisórias de paredes, porta com fechadura, quatro janelas e quatro saídas de ventilação. Os painéis do telhado e das paredes são semi rígidos e opacos. Além disso, possuem revestimento de piso, energia solar, iluminação LED e sistema de ancoragem.
Com uma equipe de quatro pessoas, a casa pode ser montada em um período de quatro a seis horas, permitindo que esteja pronta para uso no mesmo dia em que chega ao destino.
A validade das casas é de cinco anos, com uma vida útil mínima de três anos para os painéis.
Essas estruturas podem ser utilizadas para acomodação familiar, serviços de saúde, educação e atividades comunitárias. O projeto é resultado da colaboração entre a Acnur, a empresa social Better Shelter e a IKEA Foundation, destinado a atender demandas em várias situações de emergência humanitária.
Esse tipo de habitação já foi utilizado em diversas outras situações de emergência humanitária, incluindo a resposta do governo federal em Roraima, além de na Europa, na África e no Oriente Médio.
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Informações retiradas de Ludimila Honorato à UOL.