Nos primeiros quatro meses deste ano, Campo Grande foi a capital do Brasil com maior valorização nos preços de venda de imóveis residenciais. Os dados são da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), que comparou a variação do preço médio de venda residencial em 50 municípios do Brasil.
Na variação acumulada de 2023, Campo Grande ocupa o primeiro lugar entre as capitais analisadas, com porcentual de 5,82%. O preço médio ficou em R$5.530 por metro quadrado. O relatório FipeZap mostra que, na variação acumulada, apenas sete outras capitais tiveram uma valorização acima do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial, representando uma alta real.
As capitais que estão na sequência no ranking e que também apresentaram alta real são Goiânia (GO), com valorização de 5,16%, Maceió (AL), com 5,08%, João Pessoa (PB), com índice de 4,45%, Florianópolis (SC), com variação de 4,36%, Manaus (AM), com valorização de 4,22%, e Salvador (BA), com 3,51%.
De acordo com o presidente do Creci-MS, Eli Rodrigues, o bom desempenho do agronegócio em Mato Grosso do Sul tem influenciado positivamente o setor imobiliário. A valorização dos preços de imóveis residenciais e comerciais está relacionada ao impacto do agronegócio na economia local.
Os resultados favoráveis do setor agropecuário têm impulsionado toda a cadeia produtiva do estado, estimulando a venda de empreendimentos e elevando os preços dos imóveis. Além disso, a valorização abrange não apenas os preços residenciais, mas também insumos da construção civil e terrenos. A atividade econômica ativa impulsiona o mercado imobiliário e contribui para o aumento dos preços.
Geraldo Paiva, presidente do Secovi-MS, destaca que a cidade de Campo Grande se destacou pela recuperação das atividades econômicas no período pós-pandemia. A valorização dos imóveis na capital sul-mato-grossense ocorreu devido à retomada das atividades de serviço e comércio, além da distribuição de renda gerada pelos produtos agropecuários dos anos anteriores.
Paiva ressalta que a urbanização equilibrada da cidade permitiu o desenvolvimento em diversas localidades. Os loteamentos fechados foram os empreendimentos que apresentaram maior valorização, impulsionados pelo período durante e após a pandemia.
Ainda segundo os dados do relatório, a região campo-grandense mais valorizada é a do Prosa, com preço médio de R$7.837/m² em abril deste ano. Na sequência, o Centro aparece com o metro quadrado custando, em média, R$5.468. Em terceiro lugar, na região do Bandeira, o valor médio é de R$4.859/m², seguida da região do Segredo, com valor médio de R$4.370/m².
A região do Lagoa é a próxima do ranking, com o metro quadrado valendo, em média, R$3.418 em abril deste ano. No Imbirussu, o valor médio apresentado foi de R$3.098/m², enquanto no Anhanduizinho o preço médio ficou em R$2.906/m².
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Informações retiradas de Bárbara Cavalcanti à Correio Do Estado