Dados recentes do Ministério das Cidades, divulgados pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), revelam um expressivo crescimento de 23% na contratação de unidades do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) em Campinas durante o ano de 2023. Isso superou a média estadual de 19%, evidenciando um boom no setor habitacional da cidade.
No total, a região testemunhou 84.478 contratações no âmbito do programa, representando um crescimento médio de 17% ao longo do ano passado. Campinas se destacou nesse panorama, aumentando suas contratações de 2.978 unidades em 2022 para 3.676 em 2023. Apesar disso, a cidade ficou em terceiro lugar no ranking de municípios com mais contratações, atrás de Sorocaba (4.325) e Ribeirão Preto (4.282).
No ano passado, o desempenho dos empréstimos no interior teve um aumento médio significativo de 49%. Destacando-se mais uma vez, Campinas superou essa média, alcançando um impressionante crescimento de 88%. Os valores contratados evoluíram de R$ 528 milhões em 2022 para R$ 995 milhões no último ano, demonstrando claramente o impacto positivo das medidas implementadas pelo MCMV.
O aumento do teto de valor dos imóveis no programa Minha Casa, Minha Vida também foi um fator crucial para o crescimento do setor em Campinas. O valor máximo dos imóveis elegíveis saltou de R$ 177 mil para R$ 270 mil, um aumento de 53% ao longo do ano, acima da média estadual de 28%.
Além disso, dados da Geobrain indicam que o preço médio do metro quadrado privativo na cidade aumentou em 12,8% no primeiro trimestre de 2024 em comparação com o mesmo período de 2023, elevando-o para R$ 10.233,00, o mais alto no interior do Estado.
Outro dado relevante fornecido pela consultoria revela que a oferta final, ou seja, o estoque, nas cidades do interior apresentou uma diminuição média de -21,6% no primeiro trimestre deste ano, em comparação com o mesmo período de 2023. Em Campinas, essa redução foi ainda mais marcante, atingindo -27,4%, o que indica que o considerável volume de lançamentos imobiliários dos últimos anos está sendo absorvido pelos compradores.
Em relação aos lançamentos de unidades em 2023, 53% eram do padrão econômico do MCMV, enquanto 47% eram destinadas ao segmento de Médio e Alto Padrão (MAP), mostrando um impacto das reduções na Taxa Selic nesse último setor, conforme apontado pela Geobrain.
“O mercado imobiliário de Campinas tem se destacado como um exemplo de resiliência e crescimento sustentável, refletindo o potencial de toda a região. Esse crescimento expressivo, especialmente no segundo semestre de 2023, não só impulsionou o setor imobiliário no município, mas também contribuiu para o avanço do MCMV em todo o país “.
afirma Luiz França, presidente da Abrainc.
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Informações retiradas de Hora Campinas