A Caixa busca parceiros internacionais para financiamento imobiliário, conforme revelado pelo presidente-executivo do banco estatal, Carlos Vieira, em entrevista à Inteligência Financeira. Vieira mencionou que houve diálogos com bancos asiáticos e um país europeu, destacando a importância de resolver preocupações dos investidores relacionadas à proteção contra oscilações cambiais.
O presidente do banco expressou otimismo, afirmando que, uma vez solucionadas essas questões cambiais, acredita-se que o avanço nas negociações será significativo.
A Caixa está considerando uma iniciativa para combater a contínua evasão de recursos da caderneta de poupança, principal fonte de financiamento imobiliário no Brasil. Em 2023, os resgates na poupança superaram as aplicações em R$88 bilhões, após uma saída líquida de R$103 bilhões no ano anterior.
A poupança tem enfrentado desafios devido à combinação de juros altos e a crescente busca do público por alternativas de investimento. No ano passado, a rentabilidade da poupança foi de 8,2%, enquanto o CDI, referência em aplicações em títulos públicos, rendeu 12,05%.
Com a Selic atualmente em queda, a poupança fica de novo mais atrativa, o que tende a
diminuir o volume de saques, sinalizou o executivo. “Mas é um produto que precisa ser rejuvenescido em função dessa nova realidade do país”, considerou.
A Caixa Econômica tem 37% dos depósitos da poupança no país. A Caixa Econômica Federal, principal financiadora imobiliária do Brasil, enfrenta desafios devido à redução de recursos da poupança. Responsável por aproximadamente 70% do financiamento imobiliário no país, o banco busca alternativas, recorrendo a captações por meio de instrumentos de mercado como Letra de Crédito Imobiliário (LCI), Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI) e Letra Imobiliária Garantida (LIG).
A Caixa tem optado por manter a taxa de balcão para financiamento imobiliário pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) em 9,99% ao ano, de acordo com consultores imobiliários. A decisão da Caixa de não reduzir as taxas visa manter suas margens financeiras no produto, enquanto utiliza o canal para estabelecer relacionamentos com os clientes e promover a venda de outros produtos.
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Informações retiradas de Aluísio Alves à Inteligência Financeira