A pesquisa Raios-X FipeZap+ mostrou que 71% das pessoas que compraram imóvel nos últimos 12 meses preferiram imóveis usados. Esse percentual até está abaixo dos 75% registrados no 2º trimestre de 2022, mas se destaca em relação à média histórica do estudo (60%), iniciado em 2014.
E embora 45% das pessoas tenham declarado intenção de comprar imóvel nos próximos três meses, a percepção declarada de 70% dos entrevistados é a de que os preços dos imóveis estão “altos ou muito altos”.
De acordo com a economista do FipeZap+ Larissa Gonçalves, a renda mensal dos participantes da pesquisa não caiu em relação à média histórica, mas a alta da inflação o poder aquisitivo ficou menor. Contudo, segundo ela, mesmo assim a tendência é que o mercado continue valorizado. “Não há perspectiva de baixa nos preços. Mesmo com a sensação de perda de poder aquisitivo, o setor continua sólido.”
Moradia segue sendo o principal motivo para a compra
A pesquisa mostrou que, além de os imóveis serem uma preferência nacional, o maior foco da compra é a moradia. Mas destes 40% que compram imóvel como investimento, 67% pretendem viver de renda do aluguel residencial.
De acordo com o último Índice FipeZAP+, o aluguel residencial chegou a variar +15,95% muito superior ao índice de compra e ao próprio IPCA.
“Além de ser a maior variação desde 2011, é um investimento significativo, que supera a inflação”, afirma a economista. Por outro lado, os 33% restantes compram o imóvel esperando uma valorização futura na revenda.
Mercado em compasso de espera
Ao que tudo indica o mercado imobiliário parece estar em compasso de espera. A pesquisa mostrou também que houve uma leve queda Houve um leve no índice de entrevistados que compraram imóveis nos últimos 12 meses. Caiu de 12% no 2º trimestre para 11% no trimestre atual. Na visão de Larissa, o resultado simboliza um momento de manutenção.
Para a economista, os números mostram um platô, com as pessoas aguardando as resoluções do setor para 2023. “Ainda que o mercado continue surfando o bom período de 2021, o momento macroeconômico levanta incertezas”, indica.
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Informações retiradas do Estadão.