Nos últimos dois anos, o mercado imobiliário de Portugal experimentou um significativo crescimento, o que despertou o interesse de investidores brasileiros em busca de oportunidades de lucro em euro por meio do aluguel de imóveis.
Esse aquecimento no setor pode ser evidenciado pelo aumento dos preços dos aluguéis de moradias, que subiram 10,6% de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística de Portugal, divulgados em março de 2023. No último trimestre de 2022, o valor alcançou 6,91 euros (US$ 7,49) por metro quadrado em comparação com o mesmo período de 2021.
Um dos principais fatores responsáveis por esse cenário é a escassez de imóveis disponíveis para aluguel, o que contribuiu para o considerável aumento dos preços. Rafael Ascenso, CEO da imobiliária portuguesa Porta da Frente e especialista em mercado imobiliário, explicou que a demanda supera a oferta, impulsionando a valorização dos aluguéis em Portugal.
Alvo de grande interesse e investimentos
O mercado imobiliário em Portugal tem sido alvo de grande interesse e investimentos, impulsionado por fatores como a escassez de oferta e a desconfiança no sistema financeiro europeu. Enquanto isso tem descontentado moradores locais, tem animado investidores. De acordo com Ascenso, um especialista do setor, os investidores portugueses têm direcionado suas poupanças para o mercado imobiliário devido ao aumento no valor dos aluguéis.
Essa tendência também tem atraído estrangeiros, incluindo brasileiros e americanos, que estão lucrando em euro ao investir no setor imobiliário em Portugal. Ascenso menciona que em 2022 sua imobiliária vendeu imóveis para 36 nacionalidades diferentes e acredita que essa dinâmica de investimentos continuará em 2023.
Por que investir no mercado imobiliário em Portugal?
No mercado imobiliário português, tem-se observado um movimento crescente de investidores brasileiros comprando imóveis para aluguel, impulsionado pelo alto retorno financeiro que essa estratégia tem proporcionado. A imobiliária brasileira AXPE, parceira da empresa portuguesa Porta da Frente há mais de oito anos, já intermediou a venda de mais de 60 imóveis em Portugal para brasileiros.
De acordo com um especialista, alguns brasileiros adquiriram imóveis ainda em fase de lançamento, cerca de três anos atrás, e receberam as propriedades no ano passado. Esses investidores estão obtendo taxas de retorno (rentabilidade) na faixa de 8% a 9%, o que é considerado bastante alto para os padrões europeus. Normalmente, a taxa de retorno na Europa fica em torno de 3% a 4%, no máximo.
O investidor brasileiro Marcelo M. Simões encontrou oportunidades no mercado imobiliário de Portugal devido à escassez de imóveis para alugar. Ele adquiriu um apartamento em Carcavelos, uma região com demanda por aluguéis de estudantes da Universidade Nova. Com uma entrada de 40 mil euros e parcelamento do restante em prestações de 469 euros, o investimento total foi de 133 mil euros, proporcionando uma renda mensal de 800 euros.
Além disso, Marcelo também investiu em um estúdio no Beato, uma zona de alto desenvolvimento tecnológico, onde adquiriu a propriedade com uma entrada de 30 mil euros e financiamento do restante em 30 anos a uma taxa de juros de 3,5% ao ano, resultando em prestações mensais de 432 euros e uma renda mensal de 600 euros.
Valorização de preços
De acordo com um especialista, a valorização dos preços dos imóveis é atrativa, especialmente para investidores que compram imóveis na planta. Durante o período até a entrega das chaves, é possível obter um ganho de capital de até 20%, o que torna as vendas vantajosas. Dados do Instituto Nacional de Estatística de Portugal comprovam essa tendência.
Segundo um relatório publicado em março de 2022, os preços dos imóveis avançaram no ano anterior em comparação com o ano de 2021. O Índice de Preços da Habitação (IPHab) revelou uma valorização média de 12,6%, representando um aumento de 3,2 pontos percentuais em relação ao ano anterior. No que diz respeito ao preço das habitações existentes, houve uma valorização de 13,9%, enquanto nas habitações novas foi de 8,7%.
O relatório também destacou um aumento no número de vendas de habitações para compradores com domicílio fiscal fora de Portugal. Em 2022, ocorreram 10.722 vendas, totalizando 3,6 mil milhões de euros, o que representa um crescimento de 20,2% em termos de número de transações e 25,3% em valor, em comparação com o ano de 2021.
Especialistas comentam
Já para quem quer lucrar com aluguel, o investidor pode encontrar uma média de 8% a 9% de rentabilidade. “Com uma moeda forte, como o euro, em um mercado estável, sem oscilações, se alguém quiser aplicar com boa rentabilidade e baixo risco, o mercado português continua como a melhor opção”, disse o CEO da imobiliária portuguesa Porta da Frente.
Boom de aluguéis em Portugal faz investidores estrangeiros apostarem em compra de imóveis para lucrarem com locações Segundo especialista, taxa de retorno sobre o investimento está na faixa dos 8 a 9% Rendimentos de arrendamentos terão menos descontos a partir de julho O mercado imobiliário de Portugal passou por um boom nos últimos dois anos e brasileiros viram uma oportunidade de investir em imóveis para ganhar com aluguel.
O aquecimento do setor pode ser notado pelo avanço nos preços: segundo dados do Instituto Nacional de Estatística de Portugal, publicados em março de 2023, os preços dos aluguéis de moradias em Portugal saltaram 10,6%, o correspondente a 6,91 euros (US$ 7,49) por metro quadrado no último trimestre de 2022 em relação ao mesmo período de 2021.
Se por um lado esse cenário descontentou moradores locais, por outro animou investidores. De acordo com Ascenso, o aumento no valor dos aluguéis devido à escassez de oferta, somado à desconfiança no sistema financeiro europeu, fizeram os investidores portugueses direcionarem grande parte de suas poupanças para o mercado imobiliário.
A fim de surfar na onda, estrangeiros, incluindo brasileiros e americanos, seguiram os passos e começaram a lucrar em euro. Segundo Ascenso, sua imobiliária vendeu, em 2022, imóveis para 36 nacionalidades. “Eu acredito que, pelos números, esta dinâmica vai continuar em 2023”, conta.
Por que investir no mercado imobiliário em Portugal?
De acordo com o especialista, esse movimento ocorre, justamente, pelo alto retorno que os investidores ganham ao comprar imóveis e colocar para alugar. A AXPE, imobiliária brasileira parceira da Porta da Frente há mais de oito anos, já vendeu mais de 60 imóveis em Portugal para brasileiros.
“Nós temos casos de brasileiros que compraram imóveis em lançamento, há cerca de três anos e receberam suas casas no ano passado, que estão com taxas de retorno (rentabilidade) na ordem dos 8% a 9%. Isso é muito para a Europa, que tradicionalmente tem taxas na ordem dos 3% a 4%, como máximo”, explicou Ascenso.
Ainda segundo ele, como há falta de imóveis para alugar, alguns locatários adiantam pagamentos de um ano, o que torna o mercado atrativo para ser explorado por investidores estrangeiros, com destaque para os brasileiros. É o caso do investidor Marcelo M. Simões, que também é consultor imobiliário. Por entender sobre o mercado internacional de imóveis, apostou nesse nicho. Ele comprou um apartamento na região de Carcavelos, onde há uma demanda de aluguéis por estudantes da Universidade Nova.
“Eu dei uma entrada de 40 mil euros e parcelei o restante em prestações de 469 euros. O investimento total foi de 133 mil euros e essa renda me dá 800 euros mensalmente. Antes disso, comprei um stúdio no Beato, zona de alto desenvolvimento tecnológico (maior coworking da Europa). O valor investido foi 30 mil euros de entrada e financiei o restante em 30 anos a taxas de 3,5% ao ano, com prestações de 432 euros. Tenho renda de 600 euros mensais”, contou.
Valorização de preços
A valorização dos preços dos imóveis é atrativa, segundo o especialista. Se um investidor comprar um imóvel na planta, durante todo o período até a entrega das chaves o proprietário pode obter um ganho de capital de até 20%, o que é vantajoso para as vendas.
Os dados do Instituto Nacional de Estatística de Portugal comprovam o cenário. Um relatório publicado em março de 2022 mostrou que os preços dos imóveis avançaram em 2022, quando comparado a 2021. Segundo o Índice de Preços da Habitação (IPHab) de Portugal, houve uma valorização médias de 12,6%, um aumento de 3,2 pontos porcentuais de 2021 para 2022. Em relação ao preço das habitações existentes, essa valorização foi de 13,9%. Já nas habitações novas, foi de 8,7%.
O documento também mostra que no ano passado ocorreram 10.722 vendas de habitações, por um total de 3,6 mil milhões de euros, a compradores com domicílio fiscal fora do território português, correspondendo a um crescimento de 20,2% e 25,3%, respectivamente, em número e valor, em relação ao ano de 2021.
Já para quem quer lucrar com aluguel, o investidor pode encontrar uma média de 8% a 9% de rentabilidade. “Com uma moeda forte, como o euro, em um mercado estável, sem oscilações, se alguém quiser aplicar com boa rentabilidade e baixo risco, o mercado português continua como a melhor opção”, disse o CEO da imobiliária portuguesa Porta da Frente.
O investidor Simões concorda com a leitura de Ascenso. “Optei por Lisboa para começar minha carteira de investimento pela oportunidade de obter uma renda mensal, em regiões com alto potencial de valorização. Os preços de arrendamentos em Lisboa seguem subindo, há falta de oferta por conta dos arrendamentos de curta duração”, disse Simões, que cita arrendamento como sinônimo para aluguel.
Menos impostos sobre locação
O governo português alterou a cobrança de impostos sobre os arrendamentos. Até maio, o imposto cobrado pelos rendimentos era de 28%. A partir do mês de julho, o governo vai baixar para 20% o imposto cobrado sobre os rendimentos.
O objetivo é incentivar a locação de imóveis diante da pouca oferta de habitação no mercado, o que pode refletir no preço dos aluguéis. Caso o proprietário coloque o imóvel para locação por cinco anos, esse imposto cai para 15%.
Sendo assim, um proprietário que investiu 100 mil euros e ganha uma taxa de retorno de 8% recebe 800 euros de aluguel mensal. Na cobrança antiga, ele pagaria 28% de impostos sobre os rendimentos, ou seja, 224 euros. Agora, na nova regra, paga 160 euros. Descontando os impostos, o investimento estaria rendendo 7,64% ao ano nesse cálculo.
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Informações retiradas de E-Investidor