O Brasil conta com 6,2 milhões de domicílios em déficit habitacional, revela estudo da Fundação João Pinheiro (FJP) em colaboração com a Secretaria Nacional de Habitação do Ministério das Cidades. Este número corresponde a 8,3% do total de residências ocupadas no país, indicando um aumento de 4,2% em relação a 2019.
As residências rotuladas como parte do déficit habitacional no Brasil são aquelas com precariedade, coabitação ou ônus excessivo com aluguel, este último sendo o principal fator. De acordo com levantamento, 52,2% dos imóveis em déficit (3,2 milhões) estão nessa situação devido ao alto custo de aluguel. Enquanto isso, 27,1% (1,6 mi) são devido à habitação precária e 20,8% (1,2 mi) devido à coabitação.
O estudo revela que 74,5% das moradias em déficit habitacional são lideradas por famílias com renda de até R$ 2.640, enquadradas na Faixa 1 do programa Minha Casa, Minha Vida.
O Sudeste lidera o número de domicílios com déficit habitacional, totalizando 2.433.642 residências. Em seguida, o Nordeste com 1.761.032, o Norte com 773.329 e, por último, o Sul, com 737.626 residências.
O estudo também destaca que 62,6% (3.892.995) das moradias em déficit estão sob responsabilidade de mulheres. Exceto na região Sul, as pessoas negras são maioria à frente de imóveis desse tipo no Brasil.
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Informações retiradas de Estadão