O otimismo tomou conta do mercado brasileiro após a sinalização do presidente do Banco Central dos Estados Unidos (Fed) sobre os juros americanos na semana passada.
Com isso, economistas de corretoras e casas de análise passaram a considerar como cenário possível que os juros brasileiros não apenas encerrem 2024 abaixo dos dois dígitos, mas atinjam a marca dos 8% ao ano.
Apesar de o boletim Focus manter a previsão de juros a 9,25% ao final de 2024, a projeção coletada nos últimos cinco dias já indica um cenário de 9%, sugerindo uma possível queda na Selic.
O que dizem os especialistas sobre os juros?
Após o discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, na semana passada, o economista-chefe do Banco Master, Paulo Gala, destacou uma mudança de cenário significativa. O Copom brasileiro já cortou 0,50 e indicou mais cortes, apontando para uma Selic de 10,75% até março, com projeções sugerindo valores abaixo de 9% até outubro ou novembro do próximo ano.
Débora Nogueira, economista-chefe da Tenax Capital, revisou suas projeções para a Selic em 2024 de 9,5% para algo entre 8,5% e 9,0%, influenciada pelos eventos da “superquarta-feira” anterior. A tendência é de uma virada de chave na política monetária, indicando uma postura mais expansionista.
O economista-chefe da AZ Quest, Alexandre Manoel, defende a manutenção dos cortes de 0,5 pontos percentuais pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Ele destaca que se essa estratégia for mantida ao longo de 2024, a taxa Selic poderá chegar a 7,75% no final do ano, considerando que tal cenário é improvável, mas não impossível.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já observava há três meses a influência dos cortes de juros nos Estados Unidos, destacando a possibilidade de um movimento positivo para o Brasil caso coincida com a decisão do Banco Central brasileiro de interromper os cortes.
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Informações retiradas de Mariana Londres à UOL