A Europa reduziu desigualdade nos últimos cinco anos, conforme revelado pelo Banco Central Europeu em comunicado nesta segunda-feira (8). Contrariando expectativas, uma classe média significativa, com amplo patrimônio imobiliário, se beneficiou do aumento nos preços das casas.
Esses novos dados surgem em meio a críticas de longa data ao BCE, alegando que décadas de taxas de juros ultrabaixas e compras massivas de ativos tendiam a favorecer predominantemente os ricos, com extenso patrimônio financeiro.
No cenário econômico atual, críticos argumentam que as baixas taxas de juros têm favorecido os proprietários de imóveis, desencadeando um boom imobiliário que torna as propriedades, incluindo aluguéis, inacessíveis para as famílias mais pobres. No entanto, uma análise do Banco Central Europeu (BCE) revela que, contrariamente a essas preocupações, a diferença de renda entre os 5% mais ricos e os 50% mais pobres na sociedade tem diminuído ao longo dos anos.
O BCE destaca que o aumento significativo na renda líquida das famílias na zona do euro nos últimos cinco anos coincidiu com uma leve redução na desigualdade. Esta tendência é atribuída, em parte, ao benefício desfrutado pelos proprietários de imóveis, que compõem mais de 60% da população e foram favorecidos pelo aumento nos preços das moradias.
A renda líquida dos proprietários de imóveis residenciais teve um aumento significativo de 27% nos últimos cinco anos, enquanto a renda dos não proprietários cresceu 17%, segundo uma nova estatística experimental divulgada pelo Banco Central Europeu (BCE) sobre a distribuição da renda das famílias. Esse aumento é atribuído principalmente ao crescimento dos depósitos durante esse período.
No entanto, o relatório ainda não reflete a recente queda nos preços dos imóveis, pois os dados apresentam defasagens longas. Com as taxas do BCE em níveis recordes e os preços dos imóveis em declínio em vários países da zona do euro, existe a possibilidade de reversão dessa tendência. O BCE destaca que a renda líquida média das famílias aumentou em cerca de 40% desde 2016, atingindo pouco mais de 150 mil euros.
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Informações retiradas de Forbes