O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está investindo R$ 12,3 bilhões na construção da Linha 6-Laranja do metrô de São Paulo, um dos maiores projetos de mobilidade urbana em andamento no país. O financiamento faz parte de um investimento total de R$ 17 bilhões na obra, que prevê a conclusão total para 2027 e deve atender cerca de 600 mil passageiros por dia útil.
Nesta terça-feira (4), a diretora de Infraestrutura e Mudança Climática do BNDES, Luciana Costa, participou da cerimônia de chegada da tuneladora norte à futura Estação Brasilândia, além da conclusão do tramo norte da linha. “A Linha 6 do metrô vai reduzir significativamente o tempo de deslocamento de quem vive em Brasilândia até o centro da cidade. Hoje, esse trajeto que é feito em cerca de uma hora e meia será realizado em menos de trinta minutos”, afirmou Luciana Costa.
Avanço das obras e impactos na mobilidade
A Linha 6-Laranja contará com 15 estações distribuídas ao longo de 15,3 km de extensão, conectando a região de Brasilândia ao centro da cidade e interligando-se com as linhas 1 e 4 do Metrô, além das linhas 7 e 8 da CPTM. A previsão é de que a operação parcial tenha início em 2026.
O financiamento do BNDES foi dividido entre R$ 6,9 bilhões para a Concessionária Linha Universidade (CLU) e R$ 5,4 bilhões destinados ao Governo do Estado de São Paulo. Um dos principais marcos do projeto foi a chegada da tuneladora (TBM – tunnel boring machine), mais conhecida como “tatuzão”, ao trecho norte da linha. Com mais de 100 metros de comprimento e 2 mil toneladas, o equipamento foi responsável pela escavação entre as estações Freguesia do Ó e Brasilândia.
Sustentabilidade e impacto social
Além de melhorar a mobilidade, a nova linha deve contribuir significativamente para a redução da emissão de gases poluentes. A expectativa é que o projeto diminua a emissão de mais de 200 mil toneladas de CO2 por ano, o que equivale à necessidade de uma área florestal do tamanho de 33 estádios do Maracanã para compensar esse volume de emissões.
Outro destaque é o investimento em projetos sociais nas comunidades próximas às estações, incluindo programas de capacitação e inclusão para aumentar a participação da mão de obra feminina na construção e futura operação da linha.
Desde 2000, o BNDES já destinou R$ 37,7 bilhões ao transporte sobre trilhos em São Paulo, beneficiando 3,6 milhões de pessoas diariamente. O banco financiou projetos para nove linhas, englobando modernização, ampliação e criação de novas estruturas.
O apoio à mobilidade urbana se estende por todo o país. O BNDES já financiou R$ 65 bilhões para obras do setor em diversas capitais, incluindo Rio de Janeiro, Salvador, Fortaleza, Belo Horizonte, Recife e Brasília. O investimento contínuo reforça o compromisso do banco com a melhoria da infraestrutura de transporte no Brasil.
Informações retiradas de Agência BNDES de Notícias.
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