O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu, nesta quarta-feira (19), elevar a taxa Selic em 1 ponto percentual, levando-a a 14,25% ao ano. A decisão, tomada de forma unânime, já era amplamente esperada pelo mercado.
A nova alta segue a diretriz estabelecida pelo Copom em sua reunião de dezembro, quando os juros foram ajustados para 12,25%. Na ocasião, o BC indicou que haveria mais dois aumentos de 1 ponto percentual, o que se concretizou em janeiro (13,25%) e agora em março.
Após um ciclo de cortes iniciado em agosto de 2023, que reduziu a Selic para 10,5% até maio do ano passado, o Banco Central voltou a adotar uma postura mais rígida a partir de setembro. A mudança ocorreu diante das incertezas no cenário econômico global, da inflação persistente acima da meta e da desancoragem das expectativas do mercado.
Para a próxima reunião, em maio, o Copom já sinalizou que poderá promover um novo aumento na taxa básica de juros, embora de menor magnitude. Segundo o comunicado oficial, as futuras decisões dependerão da evolução do cenário econômico.
O Banco Central também destacou preocupações com fatores externos, especialmente em relação à política econômica dos Estados Unidos. No comunicado, o Copom mencionou incertezas sobre “a política comercial e seus efeitos”, em uma referência às tarifas impostas por Donald Trump.
No cenário doméstico, o BC reconheceu uma leve melhora na atividade econômica, mas reforçou que a inflação continua pressionada. Entre os principais riscos que podem elevar a inflação e deteriorar as expectativas, a instituição apontou:
- Uma possível desancoragem prolongada das expectativas de inflação;
- A persistência da inflação de serviços acima do esperado, influenciada pelo aquecimento da economia;
- O impacto de políticas econômicas internas e externas, que podem resultar em uma taxa de câmbio mais depreciada e, consequentemente, maior pressão inflacionária.
Diante desse contexto, o Banco Central reafirma seu compromisso com a estabilidade econômica e seguirá monitorando os indicadores para definir os próximos passos da política monetária.
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Informações retiradas de CNN Brasil