Preocupados com a capacidade dos proprietários de imóveis comerciais vazios de pagar suas hipotecas, alguns bancos de Wall Street estão se desfazendo de seus portfólios de empréstimos imobiliários comerciais para mitigar potenciais perdas.
O mercado imobiliário comercial enfrenta um duplo golpe de altas taxas de juros nos EUA e baixa ocupação de escritórios devido aos impactos contínuos da pandemia. Este cenário levou bancos como Deutsche Bank, Goldman Sachs e CIBC a venderem empréstimos de edifícios problemáticos em cidades como Nova York, São Francisco e Boston.
Embora os valores envolvidos ainda representem uma pequena fração dos cerca de US$ 2,5 trilhões em empréstimos imobiliários comerciais nos EUA, as vendas indicam uma mudança na estratégia dos bancos. Anteriormente, muitos bancos adotavam a estratégia de “estender e fingir”, oferecendo extensões aos proprietários para resolver problemas financeiros. Agora, com as taxas de juros em alta e a ocupação dos imóveis em baixa, essa abordagem parece estar perdendo força.
Os bancos estão enfrentando pressão para reduzir suas exposições e evitar possíveis execuções hipotecárias, o que poderia resultar em perdas significativas. Em resposta, estão vendendo empréstimos inadimplentes com descontos substanciais para atrair investidores interessados em assumir esses riscos.
Para os investidores, adquirir empréstimos imobiliários comerciais com desconto representa uma oportunidade de lucrar se o mercado imobiliário se recuperar. No entanto, o cenário atual sugere um período de incertezas, com muitos bancos optando por negociar discretamente para minimizar o impacto nos mercados financeiros e nos acionistas.
Embora os problemas atuais não tenham alcançado o nível de crise visto após a crise financeira de 2008, eles indicam uma vulnerabilidade crescente no setor imobiliário comercial, especialmente para edifícios de escritórios. O futuro dependerá de como os bancos e investidores gerenciarão esses desafios nas próximas semanas e meses.
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Informações retiradas de E-Investidor