Em meio ao cenário de juros elevados, o Banco Safra aposta em uma estratégia anticíclica para investidores profissionais. A novidade é o Safra Mercado Imobiliário, um fundo multimercado que investe em ativos e fundos do setor imobiliário, com o objetivo de capturar ganhos de capital a partir dos atuais descontos no mercado.
Segundo Daruã Sena, especialista da Safra Asset, a estratégia se aproveita do movimento de retirada de investidores pessoas físicas dos fundos imobiliários, o que provocou uma queda significativa no valor desses ativos, especialmente nos chamados “fundos de tijolos”, que compram imóveis diretamente.
“Em momentos de altas taxas de juros não é comum ouvir falar em fundos imobiliários, pois este é um setor que tem desempenho melhor e mais procura em tempos de juros baixos. Mas, é aí que mora a oportunidade da estratégia”, afirma Sena, em entrevista ao canal do Banco Safra no YouTube. “A classe está muito descontada, especialmente nos fundos de tijolos – que compram imóveis”, completa.
Diferente dos fundos listados em bolsa, o Safra Mercado Imobiliário é estruturado como fundo multimercado, o que lhe dá maior flexibilidade operacional e permite que ele seja visto como uma alternativa anticíclica no portfólio do investidor.
“Nos fundos imobiliários, existem duas formas de ganhar dinheiro: com dividendos e com o ganho de capital, ou seja, a valorização da cota no fundo. O Safra Ativos Imobiliários vai mirar o ganho de capital”, explica Sena. “A ideia é aproveitar os descontos exacerbados de forma a apropriar um bom ganho de capital no futuro”.
Destinado a investidores profissionais, o fundo tem aporte mínimo de R$100 mil e exige comprometimento de longo prazo: o investimento mínimo é de 12 meses, com prazo de resgate de 90 dias. A tese tem horizonte de cerca de 40 meses. “Considerando um cenário básico de melhora macroeconômica (com a NTNB indo um pouco abaixo de 6%) estamos falando de um fundo com potencial de retorno de mais de 25% ao ano”, projeta o especialista.
Além da estratégia de valorização, o fundo oferece uma vantagem tributária em relação aos fundos imobiliários tradicionais. A taxa de administração é de 1% ao ano, com performance de 20% sobre 100% do CDI. Por ser um multimercado com mais de 95% do patrimônio alocado em ativos isentos do come-cotas, a tributação incide como renda variável: 15% sobre o ganho no momento do resgate.
“Hoje, o investidor que investe em cotas de fundos imobiliários, quando tem ganho de capital precisa recolher 20% de IR. No multimercado, ele vai recolher só 15%. Como a tese é focada no ganho de capital, o investidor tem essa eficiência de tributação”, finaliza Sena.
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Informações retiradas de o Especialista