O município de Balneário Camboriú, situado no litoral catarinense, consolidou sua posição como detentor do metro quadrado mais caro para venda residencial no Brasil, de acordo com dados do FipeZap. Este feito, não inédito, marca a 22ª vez em que a cidade ocupa o primeiro lugar no ranking mensal das 50 cidades analisadas pela pesquisa. Desde março de 2022, Balneário Camboriú superou São Paulo nesse quesito e mantém sua liderança no mercado imobiliário.
No último mês, Balneário Camboriú liderou o preço médio de venda de imóveis residenciais no Brasil, atingindo R$12.822 por metro quadrado, seguida por Itapema, outra cidade litorânea catarinense, com R$12.660 por metro quadrado. Nas capitais, Vitória (ES) se destacou com o metro quadrado mais caro, alcançando R$11.013, superando Florianópolis (SC) e São Paulo (SP) que registraram valores de R$10.833 e R$ 10.703 por metro quadrado, respectivamente.
No mês de janeiro de 2024, o Índice FipeZAP, que reflete os preços de venda de imóveis residenciais em 50 cidades brasileiras, registrou uma valorização de 0,36%. Esse aumento representa uma leve aceleração em comparação com o resultado de dezembro de 2023, que foi de +0,29%. Notavelmente, a alta no índice superou os principais índices de inflação no mercado imobiliário, com o IGPM/FGV subindo 0,07% no mesmo período e a prévia da inflação (IPCA-15) avançando 0,31%.
Tamanho faz preço?
No Índice FipeZAP, que monitora 50 cidades, o preço médio por metro quadrado atingiu R$ 8,75 mil. Destaque para imóveis de um dormitório, alcançando R$ 10,3 mil/m², superando apartamentos com mais quartos. Dois dormitórios têm média de R$ 7,86 mil/m², três quartos chegam a R$ 8,46 mil/m², enquanto imóveis com quatro ou mais dormitórios atingem R$ 10,07 mil/m².
Ana Tedesco, economista do DataZAP, destaca uma tendência duradoura na valorização de imóveis residenciais com um quarto. A preferência atual recai sobre localizações convenientes, próximas a serviços e distritos comerciais, mesmo que isso resulte em imóveis de tamanho reduzido.
“Os consumidores têm preferido morar em residências menores, mas em localização com fácil acesso e/ou deslocamento para outras áreas da cidade, do que em residências maiores, mas mais afastadas e/ou regiões com difícil acesso a opções de lazer, serviços ou centros comerciais”, disse.
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Informações retiradas de Beatriz Quesada à Exame