Se antigamente as pessoas procuravam manter uma vida mais tranquila e morar longe das grandes metrópoles, hoje em dia as coisas mudaram um pouco, agora os bairros corporativos atraem moradores e transformam a paisagem urbana. O principal motivo é diminuir o tempo de locomoção para os grandes centros comerciais, já que esses locais oferecem uma gama maior de serviços.
Um dos exemplos é o advogado Thomás Brotti, ele passava cerca de 40 minutos no ônibus para chegar ao escritório, na Av. Faria Lima. Até que ele decidiu se mudar para a Rua Urussuí, no Itaim Bibi, e a viagem encurtou para 10 minutos, a pé. Assim como Thomás, muitos paulistanos passam pela mesma situação. E não é de hoje que o mercado imobiliário volta seus olhos para os bairros corporativos, com o objetivo de atender esse tipo de demanda.
A proximidade dos centros comerciais é um dos fatores levados em consideração pelas incorporadoras, quando vão dar início a um empreendimento.
“Além de ser uma demanda do Plano Diretor de São Paulo, existe a preferência do cliente”, comenta André Mesquita Britto, gerente de negócios da incorporadora e construtora Cyrela. “Porém, o ambiente corporativo não é o único diferencial. Esses locais oferecem uma gama maior de serviços, o que torna os bairros corporativos mais atrativos para moradia”, complementa.
Um levantamento feito pela CBRE, empresa líder global em real estate, indica que o movimento de entrega de edifícios de escritórios, nos últimos dez anos, permanece circundando o eixo das regiões da Berrini, Faria Lima, Av. Paulista, Itaim Bibi e Pinheiros.
“São polos já reconhecidos de negócios, boa estrutura de serviços e linhas de transporte público”, justifica Danilo Ferrari Monteiro, diretor sênior de capital markets e land services da companhia.
“A tendência é que a instalação de um volume grande de escritórios provoque uma entrega importante do mercado residencial. Um exemplo é o movimento que se observa no entorno da Chucri Zaidan”, aponta.
Em resumo as regiões corporativas atraem pessoas que desejam morar mais perto do trabalho e assim economizar tempo e gastos com transporte.
Fonte: Estadão