Um estudo conduzido pelo Laboratório Espaço Público e Direito à Cidade (LabCidade) com pesquisadores da UPS mostrou que entre os anos de 2014 e 2019, a cidade de São Paulo produziu mais de 100 mil unidades habitacionais do segmento econômico, com valor de até R$350 mil, mas apenas 15% dos apartamentos até R$350 mil estão perto de transportes de alta e média capacidade, o que facilitaria o acesso dos moradores a esses sistemas de transportes.
O estudo revela que 90% das unidades com preço de até R$240 mil estão localizadas fora da região de fácil acesso aos meios de transporte, dificultando a mobilidade dos moradores de áreas remotas. Além disso, constatou-se que muitas das unidades construídas nos eixos são pequenas e possuem um custo elevado por metro quadrado.
Produção do ‘segmento econômico’
O mapa abaixo mostra as regiões em que as unidades de segmento econômico foram lançadas entre 2014 e 2019 — a maioria está afastada dos eixos (trechos em azul claro):
Os resultados mostram que a área útil média das unidades de habitação com valores entre R$240 mil e R$350 mil nos eixos passou de 63 m² em 2012 para 35 m² em 2019.
Além disso, 45% das unidades nessa faixa de preço têm até 25 m² nos eixos. A pesquisa também revelou que, quanto melhor a localização das unidades habitacionais de segmento econômico, menor é a sua área e maior o preço por metro quadrado. Entre 2015 e 2019, o valor do metro quadrado das unidades de até R$350 mil dentro dos eixos aumentou de R$6,2 mil para R$9,8 mil, enquanto fora dos eixos houve uma queda de R$7,3 mil para R$6,8 mil no mesmo período.
Veja abaixo:
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Informações retiradas de Gustavo Honório à G1