O avanço da internet e da tecnologia tem popularizado soluções digitais para a oferta e venda de imóveis. No entanto, uma pesquisa realizada pela Loft, em colaboração com a Offerwise, revela que esses avanços ainda não substituem o contato humano. Apenas 11% dos brasileiros estariam dispostos a comprar ou alugar um imóvel através de um processo 100% online.
A pesquisa ouviu mil pessoas interessadas em mudar de endereço para entender o papel da interação pessoal e da tecnologia nessa jornada. Os resultados mostram que 32,9% preferem pesquisar o bairro e o imóvel online para comparar preços e obter informações sem sair de casa. Este número supera os 30,2% que preferem uma busca totalmente presencial. Já 36,9% optam por uma combinação de buscas online e presenciais.
A maior disparidade surge no momento de conhecer os apartamentos. Enquanto 72,3% preferem visitar o imóvel fisicamente e 21,8% aceitariam combinar uma tour virtual com uma vistoria presencial, apenas 5,9% estariam dispostos a comprar ou alugar um imóvel apenas com base em observações online.
Etapas burocráticas também dependem do contato físico. O estudo mostra que 57% preferem entregar os documentos exigidos pessoalmente, enquanto 23,8% desejam resolver essa pendência parcialmente online e presencialmente. Somente 19,2% aceitariam concluir essa etapa totalmente online.
Na hora de fechar o negócio, 60% preferem uma abordagem totalmente presencial e 28,3% optam por uma conclusão híbrida. Apenas 11% considerariam um processo 100% digital.
“A tecnologia oferece ferramentas valiosas para filtrar opções, verificar fotos, localizações e estabelecer um primeiro contato, mas a decisão final envolve um componente emocional significativo, que leva muitos a valorizar o contato pessoal”, observa Fábio Takahashi, gerente de dados da Loft.
“Estamos falando de uma compra de ticket médio alto. É esperado que as pessoas sejam mais cuidadosas nesse processo e busquem ter segurança e contar com o apoio de um especialista ou empresa para concluir a transação”, completa Takahashi.
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Informações retiradas de Estadão
