Os apartamentos compactos construídos em bairros centrais ou de alto custo têm ganhado a atenção dos consumidores. Isso porque as mudanças em leis municipais e juros baixos do passado tem favorecido o cenário.
O metro quadrado dessas unidades gira em torno de R$12 mil e as ofertas de serviços e lazer aos moradores são um tanto quanto variadas. As empresas têm investido em imóveis com até 40m² em função do menor custo para o cliente final.
“O preço é atrativo ao comprador porque o imóvel é pequeno, essa é a mágica. Você divide uma área e tem mais pessoas pagando”, diz Sylvio Pinheiro, especialista em gestão de projetos e construções.
As incorporadoras fecham parcerias com marcas, por meio das quais podem oferecer serviços de lavanderia, minimercado e armários para compras por delivery. “Os compactos se tornaram protagonistas num cenário de juros mais baixos e de apetite imobiliário”, afirma Guilherme Werner, sócio da Brain Inteligência Estratégica.
“Em São Paulo, o movimento se intensificou no pré-pandemia, com a Selic [taxa básica de juros] a 2%, devido ao advento do Airbnb e ao plano diretor da cidade, que impulsiona produtos similares a esses”, afirma Werner.
De acordo com levantamento da Brain feito a pedido da Folha, a participação dos compactos entre os imóveis lançados em 2022 se aproxima dos 30%. São mais de 3.700 unidades só neste primeiro trimestre. Em todo ano de 2019, foram lançados pouco mais de 13 mil estúdios.
Embora pequenas, essas unidades enquadram-se na categoria de alto padrão, já que oferecem área de lazer, conectividade e serviços de hotel, como spa e concierge.
Fonte: Folha de S. Paulo