O preço médio do aluguel na cidade de São Paulo iniciou 2025 com o valor de R$66,7 por metro quadrado. Para um imóvel de 50 metros quadrados, isso significa um custo mensal médio de R$3,3 mil, conforme o Índice de Aluguel QuintoAndar Imovelweb.
Em janeiro de 2024, o preço do aluguel teve uma variação de 1,59%. Nos últimos 12 meses, essa alta foi de 9,72%, com destaque para o Butantã, que foi o bairro com maior valorização no período. O aluguel no bairro gira em torno de R$3 mil mensais, considerando imóveis de diferentes tamanhos.
Já no mercado de aluguel comercial, a valorização foi ainda mais expressiva, com o bairro da zona oeste de São Paulo, onde se encontra a Universidade de São Paulo (USP), liderando o crescimento. Nesse local, o preço do aluguel aumentou 25,3% nos últimos 12 meses.
Entre os bairros que mais se valorizaram no último ano, destacam-se: Liberdade (25%), Jardim Europa (23%), Vila Gustavo (22,5%), Jardim São Savério (21%), Campos Elíseos (20,3%), Vila Maria (20%), Vila Guilherme (19,9%), Vila Mazzei (19,9%) e Vila Nova Conceição (19,8%).
Por outro lado, o Jardim América foi o bairro que mais desvalorizou, com uma queda de 5,6%. Em seguida, vêm Vila Antonieta (-4%), Jardim Pirituba (-2%), Itaquera (-1,6%), Vila Madalena (-0,7%), Água Branca (-0,5%) e Parque Novo Mundo (-0,1%).
Se considerarmos um período mais curto, de apenas três meses, a Casa Verde, na zona norte, foi o bairro com a maior valorização: 12,5%. Outros bairros em alta são Vila Califórnia (12,3%), Planalto Paulista (9,5%), Jardim Europa (9,1%) e Alto da Lapa (7,8%). Já o Jardim América lidera a lista de desvalorizações, com uma queda de 11,5%.
Bairros mais caros de São Paulo
Embora Vila Olímpia não tenha sido o bairro com maior valorização nos últimos meses, continua sendo o mais caro para morar em São Paulo. O preço médio do metro quadrado no bairro foi de R$ 100,5. Outros bairros com aluguel elevado incluem Vila Nova Conceição (R$ 97,4), Brooklin (R$ 95,1), Jardim Europa (R$ 92,3), Pinheiros (R$ 89,3), Itaim Bibi (R$ 86,6), Moema (R$ 82,9), Chácara Santo Antônio (R$ 80,5), Campo Belo (R$ 78,7) e Jardim América (R$ 75).
Menos descontos no aluguel
De acordo com o levantamento do QuintoAndar e Imovelweb, o percentual médio de desconto nos aluguéis caiu para 2,9%, o menor desde 2020. Esse cenário reflete o aquecimento do mercado imobiliário, principalmente no começo do ano, quando a demanda por imóveis aumenta devido ao término de contratos e decisões pessoais.
O gerente de Dados do Grupo QuintoAndar, Thiago Reis, explica que, apesar da expectativa de queda nas taxas de juros no início de 2024, o contrário ocorreu, com um aumento na taxa Selic. “Houve um aumento da taxa Selic e, em janeiro, já foi possível ver esse impacto nas taxas de financiamento dos bancos. Somada à notícia das novas regras da Caixa, era de se esperar também que muitas pessoas que planejavam adquirir um imóvel adiassem esse sonho, pelo menos por um tempo, levando um contingente ainda maior para o mercado de aluguel”, afirma o especialista.
Essa combinação de fatores resultou em um mercado de aluguel mais aquecido, com proprietários oferecendo menos descontos. Esse fenômeno não é exclusivo de São Paulo, mas uma tendência observada em várias capitais. A expectativa é de que os preços de aluguel continuem elevados devido à alta demanda, mas o comportamento do mercado deve ser acompanhado nos próximos meses, especialmente com as mudanças nas condições de financiamento.
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Informações retiradas de Leticia Furlan a Exame