Desde o dia 16 a plataforma de hospedagem Airbnb está inibindo a reserva de imóveis para festas e exigindo a verificação de identidade dos usuários em 35 países e regiões que representam 90% de suas reservas. O objetivo, segundo a empresa, é melhorar a experiência dos usuários e gerar mais reservas.
A verificação de identidade é feita através do fornecimento de informações pessoais e detalhes de contato, como nome legal, endereço completo, telefone, documento de identificação e/ou selfie, entre outros.
Airbnb lançará tecnologia anti-festas globalmente em 2023
De acordo com a empresa, 80% dos hóspedes e dos hosts já eram verificados antes de expandir a tecnologia anti-festas para estes países. Uma versão anterior já havia sido testada na Austrália, onde foi registrada uma queda de 35% no número de pessoas não autorizadas.
Os EUA e o Canadá estão entre os países em que as medidas já estão valendo. Segundo o Airbnb nesses locais há uma grande concentração de hóspedes jovens sem avaliações positivas – e que tentam reservar espaços próximos às suas próprias residências.
A empresa já anunciou fará o lançamento global da tecnologia anti-festas no início de 2023.
Plataforma quer atrair novos anfitriões
Além de aumentar a segurança para os hosts e melhorar a experiência de todos os usuários, a Airbnb também espera atrair novos anfitriões. E, em um cenário global de inflação alta e risco de recessão, a expectativa é que muitas pessoas vejam na plataforma de hospedagem uma forma de garantir uma renda extra ou mesmo principal.
Inclusive, foi em um cenário parecido que o próprio Airbnb foi criado. Segundo Brian Chesky, CEO da empresa, ele e Joe Gebbia não tinham dinheiro para pagar o aluguel do apartamento em que moravam em São Francisco durante a recessão de 2008 quando decidiram tirar três colchões de ar do armário, inflá-los e cobrar pelo espaço.
Oito anos depois a ideia já valia US$ 25 bilhões. Hoje, a empresa está avaliada em mais de US$100 bilhões. E acaba de bater um recorde. No terceiro trimestre deste ano, o Airbnb registrou os números mais positivos de sua história, com crescimento de 29% na receita, chegando a US$ 2,9 bilhões, e de 46% no lucro líquido, que ficou em US$ 1,2 bilhão.
Ideia é impulsionar resultados
O recorde surpreendeu Wall Street, mas mesmo assim no primeiro pregão após o anúncio do balanço as ações caíram mais de 13% na Nasdaq no dia 2 de novembro. Ou seja, US$ 9 bilhões a menos no valor de mercado. O motivo parece ter sido um guidance fraco para os três últimos meses de 2022, ocasionado, segundo a empresa, pelo cenário macroeconômico global.
De qualquer forma, Airbnb busca formas de impulsionar seus resultados, principalmente resolvendo antigos problemas que passam, especialmente, por pontos como segurança e transparência.
Assim, a maioria das novidades é direcionada à atração de novos anfitriões para a plataforma – principalmente aqueles que ainda têm preocupações com a segurança.
Novo sistema
O novo sistema de triagem de reservas e verificação de identidade conta ainda com outras medidas. Uma delas é a ampliação do programa gratuito de proteção contra danos voltado para os anfitriões, o AirCover.
A partir de agora o limite de cobertura passa de US$1 milhão para US$3 milhões e cobre também itens adicionais como veículos e embarcações que estejam na casa, além de objetos de arte, jóias e itens de coleções.
Outra medida é que na primeira vez que a propriedade for anunciada o novo anfitrião possa receber contatos apenas de hóspedes que já tenham utilizado o serviço e tenham avaliação positiva.
Além disso, o Airbnb passa a oferecer também a possibilidade de ter uma espécie de mentoria. Pelo Airbnb Setup os novos anfitriões podem se conectar com um superhost (anfitriões experientes e bem avaliados por hóspedes de primeira linha) para receber orientações.
De acordo com Tara Bunch, diretora global de operações do Airbnb, diz que a reformulação foi desenhada com base em feedbacks recebidos dos usuários nos últimos anos. “É um fluxo inteiramente novo e muito simplificado para facilitar a integração”, afirma.
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Informações retiradas do Teg6.