Pela segunda vez consecutiva as ações de construtoras dispararam na Bolsa. Os ativos que mais tiveram destaque foram os da Tenda (TEND3, com 16,42% – R$ 7,16)), MRV (MRVE3, com 8,14% – R$ 11,95) e Cyrela (CYRE3, com 7,86% – R$ 16,33). As ações da Direcional (DIRR3) e Cury (CURY3) também aumentaram: 7,04% (R$ 14,45) e 3,59%, a R$ 9,53, respectivamente.
Momento fortalece rentabilidade das ações de construtoras
Para os analistas, dois fatores estão sendo essenciais para essa alta nas ações de construtoras. Um deles é a própria taxa de juros, que caiu.
A outra são as notícias favoráveis ao setor, como o aumento do prazo de financiamento de 30 para 35 anos no programa Casa Verde e Amarela (CVA).
Com isso, a estimativa é que este cinco anos a mais de prazo reduzam a parcela inicial entre 4% e 7%, de acordo com a faixa de renda do programa e da taxa de hipoteca específica (de 7,16% a 4,25% ao ano).
Para os analistas do Credit Suisse, esse reajuste pode significar uma redução de até 7,5% nas parcelas do financiamento imobiliário. Assim, o poder de compra fica ainda maior, beneficiando a todos.
Medidas ampliam o poder de compra do Casa Verde e Amarela
Por outro lado, a medida engloba todas as faixas em ambas as tabelas (Price e SAC). Além disso, o Casa Verde e Amarela também passará a abranger a compra de imóveis de um dormitório.
Então como essas medidas ampliam o poder de compra no programa, também aumentam a rentabilidade das ações de construtoras que nele atuam.
Imob acumula alta de 17% desde julho
Outra notícia favorável foi a divulgação do balanço parcial de contratações do CVA em agosto: +40% na base mensal. Por outro lado, de acordo com os dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o número de contratações cresceu de forma geral.
Assim, o montante para os financiamentos ficou em R$16,3 bilhões em julho (alta de 38,8% na base anual), incluindo aí recursos da poupança e do FGTS.
Todos esses fatores fazem com que o Índice Imobiliário da Bolsa (Imob) já acumule alta de 17% desde o início de julho. Para os especialistas, os dados confirmam o bom momento do segmento de baixa renda, que ganhou nova dinâmica com os estímulos do governo federal.
Fonte: InfoMoney