Com o aumento de custos, o sonho da casa própria fica cada vez mais distante. Para aqueles que dependem do aluguel essa distância é ainda maior, sobretudo no Alto do Tietê.
A família de Tatiani Vieira e o marido fazem parte do grupo de famílias que usufruem do aluguel para ter acesso à moradia, mas isso tem ficado cada dia mais difícil, ou melhor, cada mês. O casal relata que desembolsa em torno de R$1.000 todos os meses para custear as despesas do aluguel.
Embora a casa tenha quatro cômodos e seja confortável, o valor está em desacordo com a renda de Tatiani, que é diarista e seu marido Luiz, montador de imóveis.
“Para não dizer 100%, acho que uns 85%, 90% para ter um teto. Quando a gente veio para cá, eram uns 60%, 70%. Agora está mais, porque teve reajuste. E o trabalho também, que diminuiu bastante. A gente tenta se reinventar de todas as formas possíveis, mas mesmo assim é difícil”, relata Tatiani.
Uma startup de moradia mostrou que, no Brasil, aqueles sem acesso à moradia própria desembolsam cerca de 31% para custear despesas de aluguel. Assim como o valor do aluguel pago pela família de Tatiani e Luiz, o comprometimento da renda com moradia está acima da média nacional do país.
Fonte: G1