O sistema de Multipropriedade Imobiliária vem ganhando a atenção de consumidores de alta renda com projetos luxuosos. Durante o ano, esse segmento tem crescido cerca de 24% e hoje possui um Valor Geral de Vendas de R$41,20 bilhões, um aumento de 45% quando comparado ao volume registrado no ano anterior, conforme os dados do relatório “Cenário do desenvolvimento de multipropriedades no Brasil 2022”.
De maneira geral, um imóvel multipropriedade possui mais de um dono e, durante determinado período do ano, cada um deles tem o direito de usufruir do bem adquirido, que geralmente são unidades localizadas em hotéis ou condomínios de férias.
Até abril deste ano, o levantamento contabilizou 28 novos empreendimentos, 156 unidades e ofertas que se aproximaram de 767 mil frações com programa médio de duas semanas. Os novos empreendimentos diferenciam-se do perfil dos imóveis destinados às famílias de médio padrão, conta Caio Calfat, CEO da Caio Calfat Real State Consulting.
“O público tem se diversificado quanto ao perfil e à renda do comprador. Pessoas com idade e renda antes ignoradas pelo setor já têm boa representatividade, indicando que a multipropriedade com foco no lazer tem nichos diversos a serem atacados”, avalia Caio.
O cliente atual faz o uso racional dos bens e investe no conceito de compartilhamento. “Se antes os clientes de maior poder aquisitivo não estavam nesse mercado, era porque não existiam projetos de luxo, desenvolvidos com um elevado nível de sofisticação”, avalia Jeferson Braga, CEO e fundador da Owner Inc.
Braga também é responsável pelo novo empreendimento Own Time – Home Club Gramado (RS), com inauguração prevista para 2025. Com VGV estimado em R$700 milhões, o valor das unidades podem variar de acordo com a temporada e tipologia do imóvel, que podem atingir R$1 milhão.
“Em locais turísticos como Gramado, o metro quadrado é muito valorizado e pode custar até R$28 mil. No caso da segunda moradia, é muito mais inteligente optar por um modelo como o da multipropriedade, que tem flexibilidade de uso e custo de manutenção minimizado”, diz ele.
Para os proprietários membros, o empresário conta que será possível trocar seu tempo no Own Time por estadias de alto padrão em mais de 500 resorts ao redor do mundo. Além disso, eles poderão locar sua fração quando a mesma estiver disponível.
Fonte: Valor econômico