Muitas vezes, o financiamento é a única forma que as pessoas encontram para adquirir um imóvel, mas essa opção pode ser custosa, sobretudo pelo cenário de recorrentes reajustes e alta no custo do crédito, como a Selic, que teve a nona elevação consecutiva neste mês, atingindo 11,75% ao ano.
Nesse cenário, uma pessoa interessada em um imóvel no valor de R$ 700 mil arcaria com um incremento que corresponde aos juros e seguros no valor de R$ 387 mil, totalizando R$ 1.087 milhão de financiamento, segundo uma simulação feita pela CNN para a Kzas Krédito.
Vale lembrar que esse custo considera uma entrada de R$ 250 mil, com taxa de 8,99% ao ano e um custo efetivo total de 9,71%.
O conselho para compradores cujo valor da entrada é menor é esperar, pois nos casos de financiamento os bancos cobram uma entrada mínima com prazo de 30 anos de 20% do valor do imóvel, e quanto maior, melhor. Por outro lado, quanto menor for o valor financiado, mais baixo é o montante sobre o qual os juros vão recair.
Segundo Roberto Nascimento, cofundador da Kzas Krédito, defende que, mesmo com a alta de juros, um financiamento nesse momento pode valer a pena, pois o mercado imobiliário está em desaceleração. “Tem imóvel em bom preço neste momento justamente porque com os juros altos a demanda cai e o comprador pode encontrar oportunidades” disse ele à CNN.
O valor médio dos imóveis cresceu 6,10% em 12 meses até março, enquanto a expectativa para a inflação é de 10,69%, segundo dados do FipeZap, que monitora o preço dos imóveis.
No caso de consumidores que encontrarem imóveis com bons preços e optarem por realizar o financiamento neste momento, existe a possibilidade de solicitar portabilidade de crédito ou negociação das taxas com o banco futuramente, caso os juros voltem a cair. Segundo projeção dos economistas, é provável que a Selic caia para 9% no ano que vem.
Fonte: fdr