O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA), considerado uma prévia da inflação no país, fechou em 0,95%, a maior variação para um mês de março desde 2015, quando atingiu 1,24%. São 7 meses consecutivos em que o índice fecha com dois dígitos.
As taxas seguem surpreendendo até mesmo os economistas, que haviam previsto uma alta de 0,87% do IPCA-15.
O ajuste causou aumento dos preços em todos os 9 mercados, com destaque para o setor alimentício e bebidas (1,95%), que representam 0,40 ponto percentual do IPCA-15 no mês. O aumento também foi sentido nos combustíveis como gasolina, cujo preço subiu 0,83%, seguida do diesel (4,10%) e gás veicular (5,89%).
O reajuste foi sentido em todos os estados do país, sobretudo em Curitiba (1,55%) que registrou a maior alta impulsionada pelo preço da gasolina (6,47%). Em Brasília registrou-se o menor índice de variação (0,61%) fortemente influenciado pela queda nos preços de passagens aéreas (-13,23%) e de energia elétrica (-2,34%)
Segundo Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, os conflitos do Leste Europeu trarão um período longo, do ponto de vista mundial, com alta da inflação e, consequentemente, um crescimento econômico mais baixo. Roberto Campos alega que a inflação no Brasil deve atingir seu pico no mês de abril. Para 2023, especialistas estimam uma taxa de 3,75% do IPCA e 13% da Selic.
Fonte: G1