Nesta semana, vai acontecer a nova reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), que ocorre amanhã (15) e quarta-feira (16). No fim do segundo dia (16), o comitê irá divulgar sua decisão sobre taxa Selic, se escolheu aumentá-la, diminuí-la ou mantê-la em seu atual patamar, de 10,75% ao ano.
Os bancos têm projetado um aumento da taxa do Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic), em 2022 e 2023, por conta da inflação com o choque de oferta gerado pelo conflito Rússia e Ucrânia. Mas, a estimativa é a de que o Banco Central reduzirá o ritmo de aperto na reunião, com uma alta de 1 ponto percentual da taxa básica de juros, para 11,75%.
As previsões também apontam que a Selic chegará ao final deste ano em 13,25%, a estimativa anterior era de 12,75%, com a expectativa de altas maiores do que o previsto antes para maio e junho, de 0,75% em cada reunião. As projeções para inflação foram elevadas de 6,2%para 7% em 2022.
A previsão de uma inflação de 4% no fim de 2022 está descartada, uma vez que diversos vetores, internos e externos, devem colocar o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acima desse nível, como o preço internacional do petróleo e o impacto das chuvas nas safras de grãos, além da retomada da economia após a atual onda de Ômicron.
Taxas de juros em meses selecionados (% ao ano):
Fevereiro de 2021: 2% (Selic); 7% (Imobiliário)
Março de 2021: 2,75% (Selic); 6,9% (Imobiliário)
Maio de 2021: 3,50% (Selic); 6,6% (Imobiliário)
Junho de 2021: 4,25% (Selic); 6,7% (Imobiliário)
Agosto de 2021: 5,25% (Selic); 7% (Imobiliário)
Setembro de 2021: 6,25% (Selic); 7,2% (Imobiliário)
Outubro de 2021: 7,75% (Selic); 7,5% (Imobiliário)
Janeiro de 2022: 9,25% (Selic); 9,4% (Imobiliário)
Os dados são desanimadores, ainda mais com a alta dos combustíveis e do gás de cozinha. Com os problemas internacionais consequentes da guerra da Rússia contra a Ucrânia, fica difícil manter projeções positivas. O fim deste cenário ruim para a Selic é estimado para 2023, com uma taxa de 8,25% no fim do período.
Fonte: Jornal do comercio e UOL