Nesta semana o IBGE anunciou a prévia da inflação oficial, o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15), que teve alta de 0,99% em fevereiro em comparação a janeiro que havia registrado 0,58%. É a maior variação em fevereiro desde 2016 que registrou 1,42%.
Neste ano, o IPCA-15 já acumula alta de 1,58% e, no acumulado de 12 meses 10,76%, acima dos 10,20% registrados nos 12 meses anteriores. Para efeitos comparativos, em fevereiro de 2021 a taxa foi de 0,48%. O índice ficou acima do esperado. A projeção dos economistas girava em torno de 0,85% frente a janeiro, e de 10,6% na comparação anual.
O IPCA-15 é diferente do IPCA no período de coleta, que abrange, em geral, do dia 16 do mês anterior ao 15 do mês de referência, e na abrangência geográfica.
Cenário da inflação
Segundo o economista da Rio Bravo, Luca Mercadante, a alta do IPCA-15 confirma a percepção ruim sobre o cenário de inflação:
“A surpresa negativa, causada por variações acima do esperado em quase todos os grupos do índice, reforça a ideia de uma alta de preços persistente e disseminada na economia. Em especial, serviços e bens industriais, bem como a média dos núcleos, apontam para essa pressão inflacionária mais duradoura”, avalia o economista.
A previsão do mercado para a inflação em 2022 está em 5,56%. Com isso, a expectativa é de estouro do teto do sistema de metas pelo segundo ano seguido. A meta central para o IPCA deste ano é de 3,50% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar entre 2% e 5%.
Fonte: Infomoney