Segundo dados divulgados pela FGV, o IGP-M (Índice Geral de Preços-Mercado) subiu 1,82% no primeiro mês de 2022. O valor veio um pouco mais abaixo do que esperavam os especialistas, que calculavam uma alta de 2% no período, de acordo com a agência Reuters. Com a recente alta, o indicador de inflação acumula alta de 16,91% em 12 meses. Em janeiro de 2021, o IGP-M subiu 2,58% e acumulou alta de 25,71% nos 12 meses anteriores.
“A inflação ao produtor segue espalhada. Os preços dos bens de investimento subiram 2,07%, ante 0,78%, em dezembro de 2021. Já os preços de materiais e componentes para manufatura avançaram para 1,33%, depois de subirem 0,40% no mês passado. Por fim, o minério, embalado pela escalada do preço internacional, fechou janeiro com alta de 18,26% e respondeu por 52% do resultado do IPA”, comenta em nota o coordenador dos Índices de Preços, André Braz.
Braz, ainda destaca a participação do minério de ferro no resultado. A commodity está passando por um período de valorização e impacta no IPA (Índice de Preço ao Produtor), principal componente do IGP. O especialista explica que “O IGM registra desaceleração neste primeiro trimestre, mas a volatilidade do minério vem impedindo uma desaceleração no tamanho que era prevista”.
Novo índice de reajuste de aluguéis residenciais
Recentemente, a FGV anunciou um novo índice, que será calculado pela instituição mensalmente, chamado IVAR. Esse índice medirá a evolução mensal dos preços de aluguéis residenciais em quatro principais capitais do país: Belo Horizonte, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo.
O objetivo do IVAR é fazer uma análise mais justa e precisa do preço dos aluguéis, que atualmente é predominante medido pelo IGP-M. A nova medida deve suprir o problema do atual índice: que acompanha os preços do setor produtivo.
Alta do IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo)
Já o IPA subiu 2,30% em janeiro, depois de uma alta de 0,95% em dezembro. Com base na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais variou 0,75% em janeiro. No último mês, a taxa do grupo havia sido de 0,53%.
A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo bens de investimento, cuja taxa passou de 0,78% para 2,07%, no mesmo período. Segundo dados apurados pela pesquisa, a taxa do grupo bens intermediários passou de 1,02% em dezembro para 1,05% em janeiro. O principal responsável por este movimento foi o subgrupo materiais e componentes para a manufatura, seu percentual passou de 0,40% para 1,33%.
O índice de bens intermediários, obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, subiu 1,26% em janeiro, contra 0,74% em dezembro.
Segundo o Ibre/FGV, o estágio das matérias-primas brutas registrou alta de 4,95% em janeiro, ante 1,22% em dezembro. Contribuíram para o avanço da taxa do grupo os seguintes itens: minério de ferro (-0,52% para 18,26%), soja em grão (-1,03% para 4,05%) e milho em grão (-2,68% para 5,64%). Em sentido oposto, destacam-se os itens bovinos (11,69% para 1,94%), café em grão (12,52% para 1,92%) e suínos (3,20% para -12,39%).
Fonte: Money Times, Agência Brasil