O mercado imobiliário foi um dos setores que mais cresceu em 2021. O ano termina com o saldo positivo de um ótimo desempenho nas vendas.
Mas toda essa performance é, na verdade, resultado de um conjunto de fatores. A questão é que nem todos estarão presentes no próximo ano, por isso é importante analisar como o mercado está fechando 2021.
O que impactou o mercado imobiliário em 2021
Uma das principais aliadas do mercado imobiliário este ano foi a Selic baixa. De setembro de 2020 a março de 2021 a taxa básica de juros ficou em 2% – o menor patamar histórico. Já o IPCA havia fechado 2020 em 4,25, o que foi bom para compradores e construtoras.
Só que nos últimos meses a inflação perdeu o rumo e, para tentar regular a situação, o Copom criou outra, dando início a um aumento sistemático da Selic. Em agosto já estava em 5,25% – e previsão de fechar o ano em 9,25% a.a.
Já o IPCA fechou novembro a 10,74% acumulados em 12 meses (maior taxa desde novembro de 2003, segundo o IBGE). Já o Banco Central prevê inflação fechando 2021 a 10,2% – admitindo oficialmente o índice acima de 10% pela primeira vez desde 2015 — quando somou 10,67%.
Segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), já houve uma desaceleração das vendas no terceiro trimestre. Afinal, a Selic alta bate direto no bolso de quem fez ou pretendia fazer financiamento a longo prazo. Para o órgão, o mercado não vai parar de vender, mas não vai haver a mesma curva ascendente deste ano em 2022.
Transformação digital também acelerou vendas e locações
Por outro lado, se teve um setor que foi particularmente beneficiado com a transformação digital foi o mercado imobiliário. Foi em grande parte graças às inovações tecnológicas que a área saiu incólume da crise do coronavírus e mantém a boa performance.
A transformação digital agilizou tanto os processos, desburocratizando e dando tanta segurança aos clientes, que as imobiliárias que não estão aderindo estão caindo no ostracismo.
E tudo indica que muito mais novidade vem por aí em 2022, já que a digitalização do mercado imobiliário é mesmo um caminho sem volta. Caiu no gosto dos consumidores, dos empresários, das construtoras, dos corretores, dos proprietários, dos inquilinos.
Deve ser ela, então, mais uma vez o motor de popa para alavancar as vendas em 2022. E há vários motivos para aproveitar enquanto os ventos ainda estão bons, apesar da Selic alta.
Veja alguns:
Ainda há bastante espaço para investimentos
De acordo com os especialistas, os preços dos imóveis estão aumentando, mas ainda estão bem abaixo da valorização esperada. Por isso, essa é a hora de comprar como investimento, garantindo um bom rendimento a mesmo a médio prazo.
Para o Secovi, aliás, as alterações na oferta e demanda do terceiro trimestre não devem causar grandes mudanças nos preços das unidades. Muito menos uma bolha imobiliária.
De acordo com a entidade, a expectativa é que a boa demanda habitacional dos próximos anos mitigue qualquer efeito a médio prazo.
Selic alta, mas nem tanto
A Selic está alta, mas não tinha jeito com a inflação em dois dígitos. No entanto, o início de 2022 ainda promete boas oportunidades – e como é ano de eleição, tudo pode acontecer.
De acordo com a Datastore, em outubro, quando a alta da Selic já havia começado, mais de 14,5 milhões de famílias ainda tinham a intenção de adquirir um imóvel nos 24 meses seguintes.
De um modo geral as condições de financiamento ainda estão boas, mesmo com a alta dos juros de alguns bancos particulares.
Adoção do home office incentiva mudanças
A adoção em massa do home office e do regime híbrido que deve marcar 2022 também influencia a vontade de mudar. Sem a necessidade de morar perto do trabalho, o consumidor quer mais qualidade de vida com imóveis maiores e mais confortáveis, afastadas da confusão das regiões centrais.
Sabendo trabalhar o novo perfil dos imóveis mais buscados, o corretor tem um bom material em mãos para cavar ótimas oportunidades de negócios.
A pesquisa da Datastore mostra que o índice de interesse de compra em todos os segmentos chega a 29%. Ou seja, uma demanda intensa que precisa apenas de produtos que correspondam à expectativa dessas famílias.
Corretor deve adaptar estratégias
Assim de olho com essas características do mercado imobiliário no final de 2021, o ideal é que o corretor faça um bom planejamento estratégico.
Uma das maiores vantagens é justamente aproveitar que as limitações geográficas e de transporte ficaram para trás com a transformação digital e aproveitar as ferramentas digitais para trabalhar o imóvel à distância.
Além disso, crie diferenciais conhecendo bem seu público, assim você tem ações mais assertivas para driblar inconsistências do mercado imobiliário que possam surgir pelo caminho.
Venha conhecer o Imobzi e veja, na prática, como criar muito mais oportunidades para o seu negócio em 2022!