Como previsto por especialistas, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, divulgou nesta semana o aumento da taxa básica de juros Selic. O comitê elevou a taxa em 1,5 pontos percentuais, obtendo um resultado de 9,25%.
Foi o segundo aumento neste patamar, sendo a 7° elevação da Selic consecutiva. Em agosto de 2020, a taxa básica de juros era de 2%, um patamar baixo e histórico. O objetivo era estimular a economia diante da crise gerada pela Covid-19, mas com o passar do tempo o Copom teve que tomar decisões para tentar conter os aumentos recorrentes dos preços.
Segundo o boletim Focus, a Selic ainda deve chegar a 11,25% no final de 2022. O relatório prevê o aumento por um período mais longo, a expectativa é de que a taxa chegue a 8% ao ano até 2023.
Especialistas entrevistados pelo Infomoney consideram que a melhor alternativa para os investidores seja apostar em rendas fixas públicas e de curto prazo, por conta da aproximação das eleições em 2022 e do surgimento de novas variantes do coronavírus, que nos leva a um cenário com forte volatilidade.
Em comunicado, dirigentes do Copom afirmam que “O Comitê irá perseverar em sua estratégia até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas”.
Para João Beck, economista e sócio da BRA – escritório credenciado da XP Investimentos, o Banco Central deve terminar o ciclo de alta em torno de 11% e ainda devem ocorrer pelo menos próximas três altas consecutivas nas reuniões do Copom.
Para Rafael Vianna, head da mesa de alocação private e sócio da BRA, o investidor deve ficar atento à renda fixa, que apresenta ativos com um risco baixo e alta remuneração: “Para o investidor, é uma oportunidade de não se expor ao risco em um momento bastante volátil do mercado, conseguindo remunerar bem seus recursos. Com a expectativa de aumento na Selic já precificada na curva de juros longa, os ativos de renda fixa prefixados de médio e longo prazo têm apresentado bastante atratividade para o investidor”, afirma.
Outra análise realizada pela Anefac é de que a conhecida e tradicional caderneta de poupança também se torne atrativa com o aumento da Selic, em comparação com a renda fixa. Em comunicado, a Anefac conta que frente às elevações continuadas da taxa básica de juros (Selic) que deve ser elevada para 9,25% ao ano, os fundos de renda fixa perdem competitividade frente às cadernetas de poupança principalmente nas aplicações de baixo valor aonde os fundos de investimento cobram taxas de administração mais elevadas”
Fonte: Infomoney, ISTOÉ