Nesta manhã o IBGE divulgou os dados do IPCA-15, que é uma prévia da inflação definitiva. O índice teve alta de 1,17% em novembro frente a outubro – segundo o IBGE é o maior valor para o mês de novembro desde 2002, quando ficou em 2,08%
Com este resultado, o IPCA-15 acumula alta de 9,57% em 2021 e de 10,73% nos últimos 12 meses.
O que dizem os analistas?
O aumento se deve principalmente pela alta continua da gasolina (6,62%), que representou o maior impacto individual no índice para novembro: da taxa de 1,17% somente a gasolina respondeu por 0,40 pontos percentuais.
“Com a gasolina acumulando alta de 48% em dois meses, o resultado dos transportes foi fortemente impactado e apresentou uma variação de 2,89%. Esse peso mostra que se o petróleo não cair e o dólar não ceder, teremos uma dificuldade no controle da inflação cada vez maior”, afirma Jansen Costa, sócio-fundador da Fatorial Investimentos.
Como o mercado reagiu?
Como na semana passada, o Boletim Focus já projetava uma alta de 1,1%, e o índice veio dentro do cenário esperado pelos economistas, o mercado não reagiu negativamente a notícia.
Ao contrário, até o fechamento desta matéria, as 17:20, o Ibovespa operava em alta de 1,31% ou 105.878 pontos.
“A parte de alimentos e serviços desaceleraram, o que é importante, já que se esperava uma pressão dessa parte e não foi tão forte assim”, afirma Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos.